Governadores de estados republicanos anunciaram neste final de semana o envio de centenas de soldados da Guarda Nacional para reforçar a presença militar em Washington, D.C., elevando para mais de 800 o número de tropas no local, sob a justificativa de apoiar o ex-presidente Donald Trump.
Mais tropas da Guarda Nacional sob comando de Trump
West Virginia, South Carolina e Ohio divulgaram que enviarão suas unidades militares para a capital. West Virginia, liderada por Patrick Morrisey, enviará entre 300 e 400 soldados, enquanto o governador de South Carolina, Henry McMaster, prometeu 200 tropas. Ohio, sob comando de Mike DeWine, enviará 150 militares nas próximas dias.
Justificativas e propósitos
Henry McMaster afirmou que os soldados seriam enviados “para apoiar o presidente Trump na missão de restabelecer a lei e a ordem em nossa nação”, acrescentando que as tropas retornariam ao estado caso uma emergência afetasse South Carolina. Morrisey destacou que o envio ocorreu “a pedido de Trump” e como demonstração de “cooperação regional”.
Segundo a assessoria de Morrisey, os envolvidos fornecerão “equipamentos essenciais, treinamento especializado” e aproximadamente 300 a 400 soldados qualificados, conforme a direção das autoridades.
Escalada na presença militar e críticas
O reforço nas tropas marca quase o dobro do número de soldados na cidade, intensificando a atuação de Trump na condução da segurança em D.C., em meio a protestos e críticas por sua tentativa de ampliar seus poderes executivos na cidade.
Apesar disso, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, não comentou diretamente a escalada, mas postou no X (antigo Twitter): “Soldados e aviadores americanos policiando cidadãos americanos em solo americano é #UnAmerican.”
Na semana passada, Trump invocou poderes de emergência para assumir o controle da polícia de D.C. e convocar a Guarda Nacional, alegando que a cidade enfrentava “sangue, caos e sujeira”. Essa afirmação, no entanto, é contestada por especialistas críticos ao uso excessivo da força médica.