Teresina, 26 de dezembro de 2024
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Empresário morto em Guarulhos carregava R$ 1 milhão em joias de luxo

Namorada do empresário morto entrega R$ 1 milhão em joias de luxo à policia

São Paulo – O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, foi enterrado neste domingo (10) sob uma onda de comoção e intriga. O ataque, ocorrido na última sexta-feira, também resultou na morte de Celso Araújo Sampaio de Novais, motorista de aplicativo atingido acidentalmente durante o tiroteio próximo ao terminal de desembarque.

O ataque: Violência em área pública

Câmeras de segurança captaram o momento em que dois atiradores encapuzados desferiram 29 tiros contra o empresário, dez dos quais o atingiram. Antônio Vinícius, que portava aproximadamente R$ 1 milhão em joias de luxo, foi alvo de uma emboscada que revelou as complexas redes de violência do crime organizado fora das prisões. As joias, entregues posteriormente à polícia pela namorada do empresário, incluíam anéis, colares e brincos com pedras preciosas, itens que haviam sido obtidos em uma transação realizada em Maceió.

Ligação com o Crime Organizado e o PCC

Segundo as investigações, Antônio Vinícius estava na mira do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país. Ele era apontado como o mandante da execução de Anselmo Santa Fausta, conhecido como “Preta”, importante traficante da facção assassinado em 2021. Além disso, o empresário era suspeito de atuar em esquemas de lavagem de dinheiro para o PCC. Preso em 2023, Antônio Vinícius foi liberado por ordem judicial e firmou, no início deste ano, um acordo de delação premiada, no qual revelou detalhes financeiros da facção e denunciou policiais corruptos.

Joias se tornam peça-chave para a investigação

A mala com as joias entregues à polícia pode ser um elo importante para a investigação. As joias, que chegaram a Antônio Vinícius como pagamento parcial de uma dívida, revelam o uso de bens de luxo como alternativa ao dinheiro, uma prática comum no submundo do crime para dificultar o rastreamento financeiro. As autoridades agora analisam esses itens de grife para rastrear sua origem, em busca de vínculos com o crime organizado e de possíveis novos envolvidos.

Ações da Polícia Federal e o afastamento de policiais envolvidos na escolta

A Polícia Federal assumiu a investigação do caso, focando nos quatro policiais militares que faziam a segurança de Antônio Vinícius no aeroporto. Os policiais, que usavam dois carros blindados para escoltar o empresário, foram afastados de suas funções e tiveram os celulares apreendidos para análise. Em depoimentos, afirmaram que a escolta havia sido contratada como medida de segurança para o empresário, que viajava sob risco de atentados.

Expansão da violência e impacto social

A morte de Antônio Vinícius evidencia o alcance do PCC e sua capacidade de atuar em espaços públicos de alta circulação, como aeroportos. A violência exposta neste caso lança luz sobre o poder de facções criminosas, que expandem suas operações de dentro das prisões para além dos muros, impondo um desafio crescente à segurança pública.

O caso das joias como uma nova linha de investigação

Além de serem valiosas, as joias podem fornecer pistas sobre a rede de transações financeiras clandestinas envolvendo o PCC. A análise desses itens, com marcas e procedências rastreáveis, abre uma nova linha de investigação que poderá expor uma teia de negócios ilícitos que ultrapassa fronteiras estaduais e liga-se diretamente ao esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

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