Gavin Newsom chamou atenção ao passar a usar o estilo de tweets de Donald Trump, incluindo maiúsculas, pontos de exclamação e uma postura desafiadora, como parte de uma estratégia para criticar o comportamento do ex-presidente na sociedade digital.
Imitação de Trump como tática política
Na última semana, Newsom vem postando mensagens em que adota o tom e o estilo de Donald Trump, como seu uso de letras maiúsculas e exclamações múltiplas, além de uma linguagem direta e provocadora. Em uma dessas mensagens, ele afirmou: “ESPERANÇA DE DESPERTAR PARA O PRESIDENTE DOS EUA”.
“Estou seguindo o exemplo dele. Se você tem preocupações com o que estou publicando, deveria também se preocupar com o que ele posta como presidente”, declarou Newsom na ocasião, destacando a vinculação entre seu estilo e a forma de comunicação de Trump.
A resposta à estratégia de comunicação
Ao adotar o mesmo tom, o governador da Califórnia quer evidenciar a normalização das provocações e comentários agrestes na política contemporânea. “Minha esperança é que isso sirva de alerta para o público e para os líderes políticos”, afirmou. “Como permitimos que a normalização desses tweets continue sem questionamento?”, questionou.
Nas redes sociais, internautas comentaram positivamente, com alguns apoiando a crítica. Como um usuário afirmou: “Ele está 100% certo. Se for atacar alguém, que ataque a mesma pessoa que posta do mesmo jeito.”
Contexto e objetivo
Recentemente, Newsom anunciou a “Lei de Resposta às Fraudes Eleitorais”, uma iniciativa que busca fortalecer a transparência e o combate às matérias falsas sobre eleições. A estratégia do estilo semelhante ao de Trump parece buscar, além do impacto comunicacional, incentivar um debate sobre o comportamento na política e sua influência na sociedade.
Analistas avaliam que essa abordagem inteligente de Newsom reforça uma preocupação crescente: como a comunicação agressiva e provocadora se tornou uma tática comum, muitas vezes aceita como parte do jogo político, mesmo em plataformas digitais que favorecem o debate aberto.
Especialistas afirmam que, com essa jogada, o governador consegue desafiar o discurso de Trump e, ao mesmo tempo, criticar a cultura de banalização da agressividade na política brasileira e mundial, reforçando a importância da responsabilidade na comunicação pública.
