O corpo da jovem Paloma Batista de Oliveira, de 29 anos, foi sepultado neste sábado (16) no Cemitério de Belford Roxo, após ser encontrado em sua casa em Nilópolis com sinais claros de espancamento. O ato de despedida foi repleto de dor, permeado por protestos contra a violência doméstica que vitimou a jovem.
Os detalhes da tragédia
Segundo relatos de testemunhas, Paloma foi encontrada dentro do quarto do ex-namorado, Yago Felipe Martins, com quem tinha um relacionamento conturbado. Eles estavam juntos há apenas três meses e a relação era marcada por brigas constantes. Amigos da vítima relataram que o clima era tenso, e que Paloma mesmo assim insistiu em morar com Yago, o que gerava preocupações entre aqueles que a amavam.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense já identificou Yago como o principal suspeito do crime e solicitou sua prisão à Justiça. Atualmente, ele é considerado foragido, e as autoridades estão em busca de seu paradeiro. A mãe de Paloma, Maria Verônica de Oliveira Vieira, em estado de profunda tristeza e revolta, fez um apelo para que Yago se entregasse. “Se ele tiver um pingo de caráter, que ele se entregue. Eu quero que ele pague pelo que fez”, desabafou a mãe.
Clamor por justiça e mudanças sociais
A morte de Paloma gerou comoção na comunidade, levando amigos e familiares a se unirem em um clamor por justiça. Maria Verônica lembra de sua filha como uma mulher carismática, que rapidamente conquistava a amizade de todos. “Paloma era simpática, fazia amizade em qualquer ambiente. Todo mundo gosta da Paloma”, lembrou sua mãe, que agora enfrenta a dor da perda de uma filha em circunstâncias tão trágicas.
Câmeras de segurança e alertas ignorados
De acordo com a mãe de Paloma, a casa em que moravam era monitorada por câmeras de segurança. A própria tia de Paloma já havia expressado preocupações, alertando-a sobre os perigos de viver com Yago. “Eu falava para ela, ‘não vai morar com esse homem não. Ele é perigoso’. Eu tinha medo de que algo acontecesse com ela. Infelizmente, esse medo se concretizou”, afirmou a tia, visivelmente abalada.
Andressa Coloni, uma amiga próxima, revelou ainda que Paloma era mãe de três filhos, de 11, 6 e 4 anos, e que o relacionamento recente estava repleto de conflitos. “Eles estavam juntos há três meses e havia muitas brigas nesse meio tempo. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu. A gente só pede justiça”, lamentou Andressa.
A repercussão na sociedade
O caso de Paloma Batista de Oliveira ganha os holofotes como um alerta sobre os perigos da violência doméstica, um problema que afeta muitas mulheres no Brasil. Organizações de direitos humanos e grupos de apoio à mulher têm se mobilizado para ressaltar a importância da denúncia e do suporte às vítimas. A insistência em alertar sobre a relação abusiva e o desprezo pelas informações de amigos e familiares demonstram a complexidade que envolve este tipo de situação, frequentemente subestimado pela sociedade.
Por fim, a família de Paloma solicitou que este caso não caia no esquecimento e que sejam tomadas medidas efetivas para combater a violência contra as mulheres no país. A dor sentida por Maria Verônica deve ecoar como um chamado a todos nós para que a sociedade se una e lute contra a violência que ceifa vidas e destrói famílias.
Paloma Batista será lembrada como uma vítima de amor tóxico e de uma realidade que precisa ser enfrentada. A esperança é que sua história ajude a conscientizar e prevenir novas tragédias. Enquanto isso, o clamor por justiça e mudanças sociais se torna mais importante do que nunca.