No último sábado (16), o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), expressou sua indignação em relação à recente proibição da venda de açaí nos restaurantes e quiosques oficiais da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém, no Pará. Em uma declaração às redes sociais, Sabino qualificou essa medida como “um erro”.
Repercussão nas redes sociais e resposta do governo
A proibição do açaí, que é um dos produtos mais emblemáticos da gastronomia paraense, gerou imediata reação nas redes sociais. O ministro declarou que o edital da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), responsável pela seleção de alimentos para o evento, será republicado na próxima semana. Sabino afirmou que já havia contatado os organizadores e o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia da Silva, para buscar a correção desse erro.
“A movimentação nas redes sociais de reação ao edital publicado pela OEI para seleção da gastronomia que vai atender os espaços oficiais da COP30 cometeu um grave erro, impedindo a entrada dos principais produtos paraenses”, comentou. Ele garantiu que a nova versão do edital permitirá a inclusão do açaí e de outros alimentos locais.
Motivos da proibição
O documento da OEI alegava que o fruto do açaí poderia estar contaminado com o Trypanosoma cruzi, protozoário responsável pela doença de Chagas, caso não fosse pasteurizado. Além do açaí, outros alimentos típicos da gastronomia paraense, como o tucupi e a maniçoba, também foram vetados. O tucupi, presente em receitas tradicionais como o pato no tucupi, e a maniçoba, prato que se refere às folhas de mandioca, são essenciais para a cultura culinária da região.
Critérios do novo edital e apoio a produtos locais
Embora o novo edital reforce as restrições a alguns alimentos típicos, uma das exigências estipula que até 30% dos ingredientes nos cardápios devem ser locais ou sazonais, com preferência por produtos orgânicos e sustentáveis. Essa medida visa estimular a economia local e promover a diversidade gastronômica do Pará durante a COP30.
Impacto na imagem do evento
A discussão em torno da exclusão do açaí dos menus da COP30 traz à tona a importância de valorizar a cultura alimentar local em eventos de grande porte como este. A culinária paraense, rica em sabores e tradições, tem um papel fundamental na promoção da identidade cultural do Brasil no cenário internacional. Assim, a inclusão de pratos típicos pode contribuir para uma experiência genuína aos participantes do evento.
Enquanto o governo se prepara para realizar a conferência, a expectativa é que a republicação do edital agrade aos defensores da culinária e cultura paraense, garantindo que a rica tradição gastronômica do Pará seja tão recheada de sabores quanto a própria biodiversidade da região.
A importância do açaí e da gastronomia paraense
O açaí, um superalimento valorizado em várias partes do Brasil e do mundo, é apenas um dos muitos exemplos da riqueza que a culinária paraense pode oferecer. Os pratos típicos da região não são apenas refeições; eles carregam histórias, tradições e a capacidade de unir as pessoas. À medida que o evento se aproxima, é essencial que essas delícias façam parte da experiência gastronômica dos visitantes, refletindo não apenas o sabor, mas também a cultura e a sustentabilidade que o Pará representa.
Com o compromisso de fazer com que o açaí e outros alimentos da região estejam presentes nos cardápios, o ministro Celso Sabino reafirma a importância da valorização dos produtos locais, promovendo, assim, um evento que celebre a cultura e a biodiversidade brasileiras.