No último sábado (16/8), o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, revelou um impressionante aumento de 108% nas vendas de “carros sustentáveis”. O anúncio foi feito durante uma visita à concessionária Primavia Fiat, em Brasília (DF), localizada nas proximidades do aeroporto.
Crescimento impulsionado pelo programa do governo
Os chamados “carros sustentáveis” são veículos com alta eficiência energética, produzidos no Brasil e que tiveram a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) zerada. Essa medida faz parte de um programa do governo federal, lançado há cerca de um mês, que visa estimular a produção e a venda de automóveis mais ecológicos. As estatísticas divulgadas levam em consideração o comparativo entre o mês de julho e a média das vendas nos meses de janeiro a junho de 2025.
Durante a sua fala, Alckmin destacou que “o carro sustentável é o carro com IPI zero”. Ele explicou que desde a implementação dessa política pelo governo do presidente Lula, os consumidores não pagam nada em IPI, o que também é refletido em descontos oferecidos pelas montadoras. “Aumentou 108% comparando o mês de julho com a média de 6 meses, de janeiro a julho. Esse programa do carro sustentável tem importância social, porque é o carro de entrada, é o carro mais barato. Então, as pessoas que não tinham acesso ao carro passam a ter”, adicionou o vice-presidente.
Benefícios e características dos carros sustentáveis
Os carros incluídos neste programa têm características específicas que os tornam mais leves e econômicos, além de serem movidos a energia limpa. Além da isenção do IPI, as mudanças implementadas pelo recente decreto ajustaram o cálculo de IPI para diversos tipos de veículos. Para automóveis de passageiros, a alíquota foi reduzida de 6,3% para 0%, e para os comerciais leves, a redução foi de 3,9%.
Requisitos para a categorização como carro sustentável
Para se qualificar para a isenção do IPI e ser considerado um carro sustentável, o veículo deve atender a algumas especificações, tais como:
- Emissão de menos de 83 gramas de CO2 por quilômetro.
- Ser constituído por mais de 80% de materiais recicláveis.
- Ser fabricado no Brasil.
- Se enquadrar em uma das categorias de carro compacto.
Essas diretrizes foram estabelecidas para fomentar a indústria automotiva nacional, promovendo um consumo mais consciente e sustentável por parte dos cidadãos.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar do crescimento expressivo nas vendas, a transição para um mercado automotivo mais sustentável ainda enfrenta desafios. É fundamental que o governo e as montadoras continuem a desenvolver estratégias que incentivem não apenas a produção, mas também a compra de carros sustentáveis. Além disso, a educação ambiental da população desempenha um papel crucial na aceitação e compreensão das vantagens de optar por veículos que apresentam menor impacto ambiental.
O crescimento nas vendas é um passo positivo, mas a continuidade desse resultado dependerá de fatores como a manutenção das políticas de incentivo fiscal, investimento em infraestrutura para veículos elétricos e sustentáveis, e a evolução da tecnologia automotiva.
Por fim, a iniciativa de reduzir os impostos sobre carros sustentáveis pode não apenas proporcionar um acesso maior a veículos de qualidade e eficiência para os cidadãos brasileiros, mas também contribuir para um futuro mais verde e sustentável, alinhado com as metas globais de redução de emissões e preservação ambiental.
Com essas medidas, o governo começa a estruturar um novo panorama para a indústria automobilística, mostrando que é possível aliar crescimento econômico e sustentabilidade.
Para mais informações sobre as novas políticas do governo e o crescimento industrial, acesse os links relevantes que discutem o impacto da indústria automobilística nos próximos anos.
