Brasil, 16 de agosto de 2025
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Bolsonaro deixa prisão domiciliar e realiza exames em hospital

Ex-presidente chegou ao hospital DF Star em Brasília para exames autorizados pelo STF, após apresentar crises de soluços e falta de ar.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado ao hospital DF Star, em Brasília, na manhã deste sábado (16) para a realização de exames médicos. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde a semana passada, e sua visita à unidade de saúde foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Exames médicos solicitados pelos advogados

Os advogados de Bolsonaro informaram ao STF que seu médico solicitou a realização de nove procedimentos, que incluem coleta de sangue e urina, além de endoscopia e ultrassonografia de próstata. A duração prevista desses exames é de seis a oito horas.

A defesa do ex-presidente especificou que a solicitação é necessária para o acompanhamento de um tratamento medicamentoso em curso, reavaliação dos sintomas de refluxo e a verificação das condições de saúde atuais de Bolsonaro. O ex-presidente apresenta crises de soluços e episódios de falta de ar, que estão relacionados a uma esofagite resultante de uma cirurgia abdominal realizada em abril.

Condições de Saúde e Acompanhamento Médico

Aliados e familiares que têm estado com Bolsonaro relataram que sua situação de saúde se agravou nos últimos dias. Um dos médicos que acompanha o ex-presidente afirmou que ele apresentou dificuldades para completar frases na última quarta-feira, devido à falta de ar. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Jair Bolsonaro, disse que a saúde do pai se deteriorou desde o início da prisão domiciliar.

Flávio compartilhou que na quarta-feira, durante uma visita, notou que o ex-presidente estava com soluços e dificuldades na fala. A frequência dessas crises levou a recomendação médica para a realização de uma nova bateria de exames clínicos.

Nos últimos dias, Bolsonaro recebeu visitas de aliados, como os deputados Junio Amaral, Luciano Zucco e Marcelo Moraes, além do empresário Renato Araújo e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Apesar de seus problemas de saúde, relatos indicam que o humor do ex-presidente melhorou, especialmente após uma fase de oscilações emocionais.

Questões Pessoais e Políticas

Recentemente, Bolsonaro demonstrou estar emocionalmente abalado ao falar sobre a impossibilidade de manter contato com seu filho 03, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro. Eduardo é alvo de investigação pela Polícia Federal e, por esse motivo, está proibido de se comunicar com o pai. O parlamentar teme a apreensão de seu passaporte caso retorne ao Brasil.

Diante dessa situação, as lideranças do PL têm se aproximado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que tem atuado como interlocutora do partido. Diariamente na sede do PL, ela tem recebido questões e passado orientações aos líderes da sigla.

Na próxima semana, Bolsonaro deve receber visitas de dirigentes do PL. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a visita do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ), e do secretário-geral do partido, senador Rogério Marinho (RN). As visitas têm o objetivo de manter os laços do ex-presidente com seu partido, mesmo em um momento tão delicado de sua vida pessoal e política.

Enquanto as questões de saúde e política se entrelaçam, a expectativa é que os exames médicos e as visitas de aliados possam trazer um pouco de alívio ao mês intenso que tem vivido o ex-presidente. A situação continua a ser acompanhada de perto pela imprensa e pelo público, que observa a evolução da saúde de Bolsonaro e suas implicações políticas.

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