Brasil, 16 de agosto de 2025
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Chefe de gabinete de Hugo Motta recebe procurações para movimentar salários

Funcionários do gabinete de Hugo Motta assinaram procurações que dão à chefe de gabinete poderes sobre suas contas bancárias.

Recentemente, uma reportagem do portal Metrópoles trouxe à tona um caso que envolve funcionários e ex-funcionários do gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos-PB. Conforme revelado, esses profissionais assinaram procurações que concedem à chefe de gabinete, Ivanadja Velloso Meira Lima, poderes para movimentar suas contas bancárias. Diante da polêmica, Motta optou por não se manifestar, e Ivanadja não respondeu aos contatos da imprensa.

Procurações surgem durante investigação

As procurações em questão foram descobertas nos cartórios da Paraíba, conforme a reportagem do Metrópoles. Os documentos começaram a ser assinados em 2011, coincidentemente quando Hugo Motta assumiu seu primeiro mandato como deputado federal. Tal cronologia levanta questões sobre possíveis irregularidades e práticas questionáveis dentro do gabinete do parlamentar.

Improbidade administrativa e acusações de “rachadinha”

Ivanadja Velloso Meira Lima não é estranha a escândalos. Ela é ré em um processo por improbidade administrativa atualmente em trâmite no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Nesta ação, o Ministério Público Federal (MPF) a acusa de operar um esquema de “rachadinha” no gabinete do deputado Wilson Santiago, também do Republicanos-PB e, portanto, aliado de Hugo Motta.

Denúncia grave contra Ivanadja

A denúncia apresentada pela procuradoria é alarmante. Segundo os documentos, Ivanadja movimentou contas de servidores que nunca prestaram serviços na Câmara e que, inclusive, desconheciam tanto os valores quanto os números de suas contas bancárias. Isso levanta sérias preocupações sobre a administração de recursos públicos e a ética no serviço público.

Ascensão na carreira de Ivanadja

Após deixar o gabinete de Santiago, Ivanadja assumiu a chefia do gabinete de Hugo Motta em 1º de fevereiro de 2011, justamente quando o deputado se considerava um novato na Câmara. Sua ascensão pode ser vista como uma parte do problema mais amplo envolvendo a falta de transparência e responsabilidade nos gabinetes da Câmara.

Funcionários que assinaram procurações

Entre os funcionários que assinaram as procurações está Ary Gustavo Xavier Guedes Soares, um nome que ganhou destaque por receber remuneração desde 2 de fevereiro de 2011, acumulando mais de R$ 1,1 milhão ao longo dos anos. O Metrópoles informou que ele assinou duas procurações conferindo a Ivanadja poderes sobre suas contas.

O papel de Ary Soares

Curiosamente, mesmo como empregado do gabinete de Motta, Soares também é conhecido como o caseiro da fazenda do deputado em Serraria, Paraíba, uma cidade de apenas 6 mil habitantes, situada a 131 quilômetros de João Pessoa, a capital. Quando contatado pelo GLOBO, Soares não retornou aos pedidos de entrevista, o que intensifica as dúvidas sobre a relação entre sua posição no gabinete e sua função na propriedade rural.

O caso envolvendo a chefe de gabinete de Hugo Motta suscita questões sérias sobre a ética no exercício da função pública e o uso inadequado de procurações. Enquanto a investigação avança, a sociedade aguarda respostas e a busca por maior transparência nas ações dos representantes eleitos.

A situação destaca a necessidade urgente de reformas no sistema político brasileiro, onde práticas duvidosas parecem se perpetuar. A população espera que a justiça seja feita e que medidas sejam adotadas para inibir irregularidades e assegurar a integridade do serviço público.

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