No dia 15 de agosto de 2025, um caso impactante tomou as manchetes em São José do Rio Preto, SP. O empresário Gleison Luís Menegildo, juntamente com um funcionário e o caseiro de um sítio em Nova Granada, foi preso sob a suspeita de participação na morte da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, de apenas 16 anos. O corpo da jovem foi encontrado em 28 de agosto de 2024, quase seis meses após o desaparecimento, revelando uma série de detalhes sombrios e complexos que envolvem o caso.
A descoberta do corpo de Giovana
Giovana estava desaparecida desde dezembro de 2023. O seu desaparecimento e a subsequente descoberta de seu corpo em uma propriedade rural levantaram inúmeras questões e geraram indignação na comunidade local. O corpo foi desenterrado após a polícia receber uma denúncia anônima, levando agentes até o sítio de propriedade do empresário. Ao chegarem, encontraram a ossada da adolescente, que, devido ao tempo em que esteve enterrada, apresentava sérios sinais de decomposição.
Versões contraditórias e o papel do empresário
Gleison e sua equipe inicialmente confessaram ter enterrado o corpo, mas negaram qualquer envolvimento no assassinato da jovem. Eles foram acusados de ocultação de cadáver, com uma fiança inicialmente fixada em R$ 22 mil, a qual foi paga, resultando em sua liberação temporária.
De acordo com o relato de Gleison à polícia, Giovana compareceu a sua empresa para uma entrevista de estágio e, posteriormente, teriam consumido drogas juntos. Ele alegou que, após um mal súbito da adolescente, encontrou-a já morta, levando seu corpo à propriedade rural para enterrá-lo. Porém, a defesa contestou essa narrativa, afirmando que um “laudo necroscópico” provaria que a jovem morreu de overdose.
Detalhes da investigação
Nos meses que se seguiram à descoberta do corpo, a investigação se destacou pelas contradições nas declarações prestadas por Gleison e o caseiro, Cleber Danilo Partezani. O delegado responsável pelo caso, Ericson Salles Abufari, apontou que Gleison inicialmente informou não conhecer a identidade da vítima, mas logo após atravessar os dados encontrados em um currículo, conseguiu identificá-la como Giovana.
A situação se complicou ainda mais quando novas revelações foram feitas; enquanto um funcionário da empresa supostamente teve relações sexuais com a adolescente, Gleison começou a contar uma nova versão, argumentando que não foi o responsável direto, mas um empregado. Por meio dessas mudanças, a polícia continuou suas investigações, buscando evidências concretas e depoimentos que sustentassem as acusações.
O papel do caseiro e suas implicações
O caseiro, Cleber, também foi preso e negou a acusação de ter tido relações com a adolescente. Em seu depoimento, ele disse que apenas seguiu ordens do empresário e não estava ciente de que o local onde estava fazendo uma vala seria usado para enterrar um corpo. Essa dinâmica de poder e obediência entre eles acrescenta uma camada de complexidade ao caso, tornando mais difícil discernir todos os fatores envolvidos no trágico epílogo da vida de Giovana.
Desdobramentos legais e comunitários
Com a continuidade das investigações, a comunidade já se mobiliza em busca de justiça para Giovana. As ações e decisões judiciais que ocorrerão daqui para frente são esperadas com ansiedade tanto pelas famílias envolvidas quanto pela sociedade. A necessidade de esclarecer as circunstâncias em que a jovem perdeu a vida é vital, não apenas para dar paz à família de Giovana, mas também para restaurar a confiança da população nas instituições de segurança.
O caso ressalta a importância da vigilância social e a necessidade de que mais jovens sejam conscientizados acerca dos perigos associados ao uso de substâncias, além de evitar açodamentos na busca por emprego em ambientes que podem não ter as melhores intenções.
À medida que o caso avança, especialistas e comunidades esperam que a justiça seja cumprida de forma rápida e eficaz, garantindo que a verdade sobre a morte de Giovana Pereira Caetano de Almeida seja finalmente trazida à luz.
Você pode acompanhar mais atualizações sobre esse caso e outros acontecimentos da região no g1 Rio Preto e Araçatuba.