Brasil, 16 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Morre Jijukè, indígena que homenageou os povos originários na nota de mil cruzeiros

Líder indígena do povo Karajá, Jijukè, aos 100 anos, deixou legado cultural ao estampar a nota de mil cruzeiros em 1990

A líder indígena Jijukè, do povo Karajá, faleceu na última segunda-feira (11), aos 100 anos, na aldeia Hãwalo, em Santa Isabel do Morro, no Tocantins. A causa da morte não foi divulgada. Ela ganhou destaque nacional ao aparecer na nota de mil cruzeiros de 1990, a primeira cédula brasileira a homenagear povos indígenas.

Homenagem às comunidades indígenas na moeda brasileira

A imagem de Jijukè ao lado de sua companheira Koixaru Karajá foi registrada pelo fotógrafo José Américo Peret. Com uma tiragem limitada a 5 milhões de exemplares, a cédula se tornou uma peça rara e altamente valorizada entre colecionadores. A iniciativa representou um reconhecimento significativo à cultura indígena no Brasil.

Legado e trajetória de Jijukè

Nascida em 16 de janeiro de 1925, Jijukè dedicou sua vida à preservação da cultura e do território do povo Karajá, que vive às margens do rio Araguaia, nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará. Os Karajá se autodenominam Iny, que significa “nós mesmos”.

Segundo a página Mídia Karajá, a morte de Jijukè marca o fim de uma era, mas seu legado permanece vivo na memória do Brasil e do povo Karajá. “Jijukè agora se junta aos nossos ancestrais, mas sua imagem e legado seguem vivos na memória do Brasil e do nosso povo”, publicou a instituição nas redes sociais.

Reconhecimento e importância cultural

O reconhecimento da figura de Jijukè na moeda nacional simboliza o incentivo à valorização das culturas indígenas no espaço público. Sua história reforça a luta pela preservação tradicional e o fortalecimento da identidade ancestral dos povos originários brasileiros.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes