Brasil, 16 de agosto de 2025
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Governador Tarcísio de Freitas enfrenta críticas por silêncio sobre escândalo fiscal

Governador de SP anuncia medidas para evitar corrupção após prisão de empresário, mas oposição exige investigação mais rigorosa.

O escândalo envolvendo auditores fiscais tributários na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz), que tem como protagonista o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, colocou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em uma posição delicada. Embora tenha determinado na quinta-feira (15) uma série de medidas para prevenir novas irregularidades, Tarcísio tem sido alvo de críticas pela sua falta de posicionamento público sobre o caso.

Medidas anunciadas para fortalecer a governança da Sefaz

Após a prisão de Sidney Oliveira, a Sefaz iniciou uma reestruturação em sua área de fiscalização. Uma das medidas mais destacadas é a ação imediata do Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal da Procuradoria Geral do Estado (Gaerfis), que atuará na apuração e responsabilização dos envolvidos. Além disso, a secretaria está investindo em novas ferramentas, incluindo tecnologias de inteligência artificial, que permitirão uma detecção mais eficiente de inconformidades e fraudes na área tributária.

“A secretaria está implementando novas diretrizes e parâmetros para impedir desvios de conduta, além de iniciar procedimentos administrativos disciplinares para revisar todos os pedidos de ressarcimento relacionados às práticas investigadas”, afirmou o governador em nota oficial.

Críticas e pedidos de investigação pela oposição

O silêncio do governador gerou insatisfação entre os opositores, que questionam a eficácia da gestão de Tarcísio e o comprometimento com a transparência. O deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) é um dos que exigem mais ações, defendendo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar as investigações. “Uma CPI só seria aberta caso apareçam fatos novos. Acreditamos que as ligações do auditor fiscal preso não se resumem ao que foi apurado até agora pelo Ministério Público”, declarou Fiorilo.

Além disso, a oposição pleiteia o cancelamento do contrato de patrocínio da estação Saúde-Ultrafarma, que integra a linha Azul do Metrô e tem o nome da empresa do empresário preso. O deputado Carlos Giannazi (Psol) justifica a solicitação, afirmando que associar um serviço público a um esquema de corrupção é inaceitável. “Se o governo não atender ao nosso requerimento, vamos acionar o Ministério Público”, afirmou Giannazi.

Justificativas do governo e próximos passos

Em defesa de sua postura silenciosa, assessores de Tarcísio alegam que as investigações estão ainda em estágio inicial e que o governador está aguardando novos desdobramentos antes de se manifestar publicamente. O secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, esteve em reuniões com o Ministério Público e garante que a secretaria oferecerá todo o auxílio necessário aos investigadores. “A presença de Kinoshita foi vista como importante para que promotores e a secretaria trabalhem juntos na mensuração de prejuízos e na adoção de medidas para evitar novos golpes”, comentou uma fonte próxima ao governo.

As ações propostas e a postura cautelosa de Tarcísio têm como objetivo reconstruir a confiança do público na Sefaz e, ao mesmo tempo, lidar com as pressões da oposição. O futuro da administração do governador, assim, poderá ser cada vez mais desafiador se não houver uma resposta clara e decisiva sobre o escândalo.

O caso ainda está em andamento, e as atenções permanecerão voltadas para os desdobramentos das investigações e as ações que o governo do estado tomará para restaurar a integridade da administração pública.

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