Teresina, 5 de novembro de 2024
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Semana decisiva para economia: Copom, eleições nos EUA e balanços no Brasil movimentam mercados

Semana decisiva para economia: Copom, eleições nos EUA e balanços no Brasil movimentam mercados

São Paulo – Esta semana promete ser marcada por grandes eventos econômicos e políticos que impactarão os mercados no Brasil e no mundo. Com decisões sobre taxas de juros, eleições presidenciais nos Estados Unidos, balanços de empresas e novas projeções fiscais, o cenário financeiro estará aquecido, com efeitos significativos para investidores e economias globais.

Decisão de juros e inflação no Brasil

Na quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil anunciará sua decisão sobre a taxa Selic. Com a inflação ainda apresentando resistência, o mercado espera por um novo ajuste para conter a alta de preços. A divulgação do IPCA de outubro ajudará a avaliar a eficácia das medidas adotadas. Também serão apresentados os PMIs (Índices de Gerentes de Compras) de serviços, fundamentais para entender a dinâmica da atividade econômica em outubro, além dos dados de vendas de veículos, um termômetro do consumo e da indústria.

Mudança no horário da B3

A partir desta segunda-feira, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) passará a operar em um novo horário, das 10h às 18h, acompanhando o mercado norte-americano que agora abre às 11h30 no horário de Brasília. A mudança permitirá uma hora extra de negociação, algo importante para quem acompanha de perto o mercado dos EUA e sua volatilidade.

Temporada de balanços no Brasil

O terceiro trimestre está em destaque com a divulgação de balanços de grandes empresas brasileiras, como Itaú, Embraer, Telefônica, Gerdau, Tim, Eletrobras e Petrobras. Os resultados são aguardados com expectativa, especialmente nos setores bancário, de telecomunicações e energético, que têm grande peso na B3.

Eleições presidenciais nos EUA

Na terça-feira, 5 de novembro, os Estados Unidos terão eleições presidenciais, uma disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump. Embora o pleito não interrompa as operações de mercado, o resultado será decisivo para a política econômica americana e para o cenário internacional. O mercado está atento, e as previsões indicam leve favoritismo para Trump, mas a disputa continua indefinida.

Decisões de juros nos EUA e Inglaterra

Outro ponto crucial será a decisão sobre os juros nos Estados Unidos, marcada para quinta-feira. Espera-se uma possível redução de 0,25 ponto percentual, dependendo do cenário econômico e dos resultados eleitorais. O Banco da Inglaterra também anunciará sua taxa de juros no mesmo dia, em resposta às pressões inflacionárias e à situação política. Os dados de PMIs, índice de confiança do consumidor e vendas do varejo na zona do Euro complementarão o panorama das economias europeias.

China: Congresso e estímulo econômico

Na China, o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo se reúne entre 4 e 8 de novembro com expectativas de anunciar um pacote de estímulo econômico de até 1,4 trilhão de dólares. A China também divulgará sua balança comercial e índices de inflação, que são cruciais para entender a recuperação econômica do país e suas implicações globais.

Tensão no Oriente Médio e questões fiscais no Brasil

No Oriente Médio, o conflito entre Irã e Israel e ataques recentes no Mar Vermelho elevam os riscos geopolíticos, com impacto direto no preço do petróleo e em ativos de risco globalmente. No Brasil, as projeções fiscais continuam sendo observadas, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará na Europa para reuniões, enquanto o pacote de contenção de gastos aguarda uma decisão final do presidente Lula.

Com uma agenda carregada de eventos econômicos e políticos, esta semana será crucial para os mercados globais e brasileiros. As decisões de política monetária, balanços financeiros e tensões internacionais podem influenciar fortemente as bolsas e o câmbio.

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