Brasil, 16 de agosto de 2025
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Julgamento de Jair Bolsonaro no STF começa em setembro

Ministro Cristiano Zanin marca sessões para avaliar participação de ex-presidente em trama golpista; condenações podem ocorrer.

No Brasil, a expectativa gira em torno do julgamento que pode resultar na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pela suposta participação em uma trama golpista após as eleições de 2022. O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou que as sessões de julgamento terão início no dia 2 de setembro de 2025, com uma agenda definida para garantir a análise do caso.

Detalhes do julgamento no STF

O avanço do processo ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, solicitar a inclusão em pauta da ação penal. O ministro Zanin estabeleceu a realização de oito sessões, que acontecerão em datas específicas: 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025. As sessões terão um formato modificado, dividindo-se entre períodos extraordinários e ordinários. Nos dias 2 e 9, as sessões ocorrerão das 14h às 19h, e nos demais dias, das 9h às 12h, seguidas de tarde.

Acusações contra o ex-presidente

As acusações contra Jair Bolsonaro são graves. Ele enfrenta a responsabilização por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ao lado dele, enfrentam as mesmas charges o ex-ministro Mauro Cid e outros seis réus, incluindo ex-ministros que atuaram em seu governo, como Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Anderson Torres (Justiça).

Expectativas e possíveis desdobramentos

A crescente pressão em torno do caso culminou em um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a condenação dos réus envolvidos. O tema tomou proporções significativas, especialmente levando em conta a relevância dos acusados e o impacto que suas condenações podem ter no cenário político do país.

Além disso, em julho, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid apresentou uma solicitação para sua inocência, argumentando que, se houver condenação, a pena não deve ultrapassar dois anos. Isso demonstra a ousadia e os esforços das defesas em minimizar as repercussões legais e sociais que os réus enfrentam.

O rito do julgamento

Uma vez iniciadas as sessões, segue-se um rito processual bem definido, que começa com a leitura do relatório elaborado após as alegações finais. Desta forma, o relator tem a oportunidade de apresentar um panorama completo do caso. A fase seguinte inclui a oitiva de testemunhas, caso haja necessidade. A acusação, representada pela PGR, e as defesas terão uma hora para apresentar seus argumentos. Em seguida, será a vez do relator apresentar seu voto, o que iniciará um debate entre os ministros do colegiado.

Os votos da Primeira Turma seguirão uma ordem predefinida, com a participação do ministro Alexandre de Moraes, seguido de Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Cristiano Zanin, que preside as sessões. Para que a absolvição ou condenação cerceie efeito legal, será necessária a maioria dos votos — ou seja, três dos cinco ministros devem se posicionar no mesmo sentido.

O impacto do julgamento

Este julgamento não apenas impactará a vida dos réus, mas também poderá reverberar pelo cenário político e social do Brasil. Os desdobramentos legais são amplamente discutidos na nação, especialmente considerando o papel que ex-presidentes e figuras importantes desempenham na política brasileira. A condenação de Jair Bolsonaro pode alterar significativamente a percepção pública sobre sua era no poder e suas possibilidades de retorno político.

À medida que as datas se aproximam, o país se prepara para acompanhar o desenrolar dessa ação penal histórica, que já movimenta não apenas os tribunais, mas também a sociedade, dividida entre apoiadores e opositores do ex-presidente.

Com a antecipação desse julgamento, o Brasil vive um momento decisivo, onde o respeito às instituições democráticas e ao Estado de Direito estarão em destaque. O que ocorrer a partir de setembro pode indiscutivelmente mudar o rumo da política nacional.

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