Brasil, 15 de agosto de 2025
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A nova abordagem da arbitragem na La Liga para 2025/26

A Comissão Técnica de Arbitragem da Espanha busca reduzir o uso do VAR, priorizando apenas erros claros nas partidas.

A partir desta sexta-feira, a La Liga inicia a temporada 2025/26 com uma nova proposta de arbitragem. Sob a presidência de Fran Soto, a Comissão Técnica de Arbitragem (CTA) do país se propôs a reformular aspectos significativos da arbitragem, com o foco em reverter o crescimento das intervenções do VAR (árbitro de vídeo). O principal objetivo é deixar claro: “o VAR apoia o juiz, mas não o substitui”.

Menos protagonismo do VAR nas partidas

A nova abordagem procurará diminuir a frequência das intervenções do VAR durante os jogos, uma preocupação surgida após um aumento significativo no número de decisões assistidas pela tecnologia. De acordo com as novas diretrizes, as intervenções do VAR deverão ser mínimas e restritas a casos de “erros claros, óbvios e manifestos” ou “incidentes graves não advertidos”. Isso se aplica a situações como checagem de gols, pênaltis, cartões vermelhos diretos, ou a correção de erros em infrações atribuídas ao atleta errado. Os árbitros estão sendo orientados a confiar nas decisões tomadas durante o jogo, buscando maior fluidez nas partidas e uma experiência mais natural para os torcedores.

Criação do VAR Pro para uma arbitragem profissionalizada

Outra mudança significativa é a criação do “VAR Pro”, um grupo dedicado de juízes que atuará exclusivamente na cabine de vídeo durante as partidas. Neste ano, 15 árbitros comporão essa equipe, reforçando a ideia de profissionalização na forma como a tecnologia é utilizada nas partidas da primeira e segunda divisão da La Liga. Para garantir que as decisões sejam padronizadas, haverá formação específica para os árbitros envolvidos no VAR Pro, o que promete um aumento na qualidade das decisões tomadas durante os jogos.

Aumento das intervenções do VAR nos últimos anos

A reforma na utilização do VAR surge em resposta a um aumento alarmante nas decisões assistidas pela tecnologia. Segundo um levantamento feito pelo jornal espanhol As, na temporada inaugural do VAR, de 2018 a 2019, foram 121 intervenções. No entanto, na última temporada, esse número atingiu um recorde de 189 decisões. O crescimento exponencial das chamadas ao VAR acabou prejudicando o ritmo das partidas, gerando preocupações entre jogadores, técnicos e torcedores.

Retorno às origens da utilização do VAR

O entendimento da CTA é de que, nos últimos anos, o VAR passou a ser visto como um “salva-vidas” para os árbitros, sendo consultado para qualquer erro, mesmo que mínimo. A nova gestão pretende voltar às origens da utilização da tecnologia, focando somente em erros mais evidentes. Essa mudança não apenas visa melhorar o espetáculo, mas também resgatar a confiança nas decisões dos árbitros em campo, uma vez que a figura do juiz deve permanecer central e não ser substituída pela tecnologia.

Com essas inovações, a La Liga espera não só aprimorar a experiência do torcedor, mas também levar um ar de legitimidade às decisões tomadas dentro de campo. À medida que a temporada avança, será interessante observar como essas mudanças impactam o fluxo do jogo e o engajamento dos fãs, além de trazer nova vida à convivência entre árbitros e tecnologia. A expectativa é alta, tanto em relação ao desempenho dos árbitros quanto às novas diretrizes da arbitragem, que prometem um campeonato mais dinâmico e com menos interrupções.

O que se espera de fato é um retorno à essência do futebol, onde a emoção do jogo prevalece, e a tecnologia é utilizada como apoio, e não como o elemento central das decisões em campo. A La Liga, ao priorizar a fluidez e a qualidade da arbitragem, busca recuperar o encanto de um dos campeonatos mais tradicionais do mundo.

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