A prefeita de Washington, D.C., Muriel Bowser, reacendeu a controvérsia ao contestar a nomeação do delegado do DEA, Terry Cole, como comandante policial de emergência na capital, ordenada pela Procuradora Geral Pam Bondi. Bowser argumenta que “não há legislação que transfira a autoridade de pessoal do Distrito para um oficial federal”.
Nomeação de Cole gera conflito jurídico e político
Na última quinta-feira à noite, Bondi emitiu uma diretiva designando Cole como “Comandante de Polícia de Emergência” de D.C. durante o período de controle federal declarado pelo presidente Donald Trump. Segundo a determinação, Cole “deverá exercer todas as funções e poderes do chefe de polícia do Distrito”, e os líderes da Polícia Metropolitana (MPD) terão que obter aprovação dele para emitir ordens.
Esta ação ocorre em meio à ampla crítica ao controle policial imposto por Trump na cidade, sob o argumento de enfrentamento à criminalidade e ao que ele chamou de caos e violência, uma avaliação que Bowser e outros líderes municipais refutaram veementemente.
Reação da administração Bowser e tentativa de preservar autonomia local
Em resposta à diretiva de Bondi, Bowser usou suas redes sociais para manifestar sua oposição veemente. Ela ressaltou que a nomeação de Cole e o decreto de controle federal violam a autonomia do governo local, destacando que “não há base legal para que um funcionário federal assuma poderes de autoridade policial do Distrito”.
Implicações legais e o futuro do controle policial em D.C.
O controle federal da polícia de D.C. por Trump foi autorizado por lei por 30 dias, mas ainda requer aprovação do Congresso para continuidade. A prefeita Bowser reforçou que continuará lutando pela autonomia municipal e pelo direito de administrar a segurança pública da capital sem ingerências externas.
Perspectivas futuras na disputa pelo controle policial
Analistas alertam que o enfrentamento entre o governo local e a administração federal pode abrir precedentes jurídicos e políticos relevantes para o futuro do gerenciamento da segurança em D.C. e potencialmente influenciar outras jurisdições com autonomia similar.