São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação nesta semana para prender integrantes da torcida organizada Mancha Verde, investigados por participação em um ataque violento contra torcedores da Máfia Azul, do Cruzeiro. A emboscada ocorreu no último domingo, em Mairiporã, na Grande São Paulo, deixando um homem de 30 anos morto e outros 17 feridos. Durante a operação, um dos suspeitos foi preso em posse de uma barra de ferro, supostamente usada no ataque.
Detalhes do ataque
O ataque ocorreu quando torcedores do Cruzeiro, que viajavam em dois ônibus pela rodovia Fernão Dias em direção a São Paulo, foram interceptados por centenas de membros da Mancha Verde. Para forçar a parada dos veículos, os atacantes teriam utilizado pregos na estrada. Em seguida, os ônibus foram vandalizados, e um deles acabou incendiado. Imagens do confronto, que circulam nas redes sociais, mostram cenas de violência e torcedores do Cruzeiro em situação de desespero.
Prisões e mandados de busca
A operação policial busca cumprir mandados de prisão contra pelo menos seis suspeitos identificados, entre eles o presidente e o vice-presidente da Mancha Verde, considerada a maior torcida organizada do Palmeiras. Ambos estão foragidos, e as autoridades usam imagens capturadas do ataque para identificar outros envolvidos. Com as ações realizadas até agora, já são sete suspeitos sob investigação.
Possível motivação e reação das autoridades
De acordo com o Ministério Público, o ataque pode ter sido uma retaliação a um incidente em 2022, quando membros da Mancha Verde foram agredidos em Minas Gerais por integrantes da Máfia Azul. As autoridades descreveram o episódio como uma “selvageria” premeditada, reacendendo o debate sobre a violência ligada a torcidas organizadas no país, marcada por ciclos de vingança entre os grupos.
A polícia segue em diligências para capturar os foragidos, que deverão responder por homicídio e outros crimes relacionados ao caso. O ataque trouxe novamente à tona a urgência de medidas para combater a violência associada a torcidas organizadas, um problema que persiste no futebol brasileiro.
