O rover Perseverance da NASA continua a desvendar os mistérios do planeta vermelho. Recentemente, a agência divulgou uma foto surpreendente de uma rocha na superfície de Marte que se parece com um capacete de séculos atrás, despertando a curiosidade de cientistas e observadores.
A descoberta curiosa em Marte
A rocha identificada tem um pico pontudo e uma “aba” que, aliás, foram comparados a um chapéu de bruxa ou uma barraca por observadores atentos. A textura da rocha foi formada por esferas, uma característica que também pode ser encontrada em formações no planeta Terra, resultantes de processos como intemperismo químico, precipitação mineral ou vulcanismo, conforme explicação dada pela plataforma Space.com.
A imagem foi capturada no dia 5 de agosto pela câmera Left Mastcam-Z, e foi escolhida como a foto da semana durante a 234ª semana da missão do Perseverance em Marte. Este achado promete enriquecer o entendimento sobre a história geológica e ambiental do planeta.
Compreendendo a rocha Horneflya
O nome dado à rocha é Horneflya. De acordo com David Agle, porta-voz da equipe do Perseverance no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a forma peculiar é menos notável por seu formato de chapéu e mais por sua constituição, que é composta quase totalmente por esferas. Esta não é a primeira vez que o rover captura uma imagem de rochas com essa característica, tendo antes relatado uma rocha semelhante coberta de esferas em março.
Câmera: um recurso essencial nas descobertas em Marte
A câmera Left Mastcam-Z do Perseverance é uma ferramenta vital, capaz de registrar imagens panorâmicas em cores e em 3D da superfície marciana. Isso permite que cientistas e curiosos compreendam melhor as características do ambiente marciano.
Atualmente, o Perseverance está em uma missão de busca por indícios de vida microbiana antiga, no contexto de um projeto mais amplo destinado a entender a habitabilidade de Marte. A presença de rochas como Horneflya oferece pistas sobre a história ambiental de Marte.
O rover está explorando a cratera Jezero para estudar a “história úmida” do Planeta Vermelho. Em dezembro de 2024, ele completou a subida ao cume da cratera, três anos após seu pouso. Nesse contexto, a NASA sugere que “tendo em vista que poderia ter existido vida microbiana em Jezero durante períodos mais úmidos, é possível que restos sejam encontrados em sedimentos de leito de lago ou margens.”
Perspectivas futuras da exploração marciana
A pesquisa realizada pelo Perseverance visa facilitar a futura chegada de humanos a Marte, um objetivo que faz parte do programa Artemis da NASA, destinado a estabelecer uma base de operações na Lua antes de missões mais ousadas ao planeta vermelho. Elon Musk, fundador da SpaceX, também manifestou planos de enviar missões não tripuladas a Marte antes da chegada de humanos, com datas sugeridas para 2028.
À medida que as investigações prosseguem, a exploração de Marte continua a capturar a imaginação de cientistas e entusiastas do espaço em todo o mundo.
Contribuição: Eric Lagatta – USA TODAY
