Brasil, 15 de agosto de 2025
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Crise com Trump ameaça a cooperação militar entre Brasil e EUA

Representantes dos EUA expressaram preocupação com a recente escalada de tensões entre Brasil e o governo americano.

Representantes do governo dos Estados Unidos alertaram interlocutores do governo brasileiro sobre possíveis consequências negativas na cooperação militar entre os dois países, especialmente após o anúncio de um tarifaço em julho. A escalada das tensões pode impactar atividades previamente agendadas, como reuniões entre as Forças Armadas brasileiras e americanas, que estão agora sob revisão.

Cancelamento de agendas e exercícios militares

De acordo com informações obtidas, reuniões que estavam programadas entre membros das Forças Armadas do Brasil e dos EUA foram canceladas. Além disso, a participação americana em exercícios militares, como a Operação Formosa — considerada o maior treinamento terrestre da Marinha Brasileira, em que participam também membros de outras nações — está em risco. Este exercício costuma contar com a presença de representantes das forças de países como França, China e outros da América do Sul.

Expectativa do Ministério da Defesa

Fontes do Ministério da Defesa do Brasil afirmam que, até o momento, não receberam informações oficiais dos EUA sobre o cancelamento total das agendas ou a suspensão da participação de militares americanos nos treinamentos no Brasil. A expectativa é que a cooperação histórica entre o Brasil e os EUA continue a ser mantida de forma técnica, buscando evitar que questões políticas impactem negativamente essa relação estratégica.

Preocupações em relação a compras militares

Os integrantes da cúpula militar brasileira estão trabalhando intensamente para evitar que a crise com o governo Trump prejudique a relação entre os dois países na área militar. Um dos pontos que gera maior preocupação são as aquisições de equipamentos militares que o Brasil frequentemente realiza com os EUA. Há um receio de que a gestão Trump decida aplicar sanções que inviabilizem a exportação e importação de tecnologias de defesa. O temor se estende também à presença de membros das Forças Armadas brasileiras nos Estados Unidos, envolvidos nessas negociações.

Formação de militares brasileiros nos EUA

Além dos aspectos relacionados às compras de equipamentos, a situação também gera preocupação em relação aos militares brasileiros que estão em cursos de formação e especialização nos EUA. O impacto que a crise pode ter sobre esses programas de formação é uma questão a ser considerada, já que a capacidade de aprendizado e troca de conhecimentos entre as forças armadas pode ser comprometida.

Recentes interações entre os Governos

Em maio, antes da intensificação da crise, o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, almirante Alvin Holsey, teve reuniões no Brasil com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, além de chefes da Marinha, Exército e Aeronáutica. Essas interações demonstram a importância da cooperação entre os países, mas a situação atual levanta incertezas sobre o futuro dessa parceria.

A continuidade da cooperação militar entre Brasil e EUA é fundamental para a segurança de ambos os países e para a manutenção de uma relação diplomática saudável. No entanto, a escalada das tensões políticas traz à tona a necessidade de esforços para preservar essa aliança em tempos desafiadores. Enquanto representantes militares buscam garantir a estabilidade dessa colaboração, os desdobramentos políticos terão um papel decisivo na forma como os dois países se relacionam nos próximos meses.

Com a situação em constante evolução, resta saber como o governo brasileiro irá gerenciar as complexidades dessa relação, especialmente em um contexto onde o cenário internacional se torna cada vez mais volátil.

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