Brasil, 15 de agosto de 2025
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MP suspeita que esquema bilionário na Sefaz de SP envolva mais servidores e varejistas

Investigações indicam ramificações além dos presos, com possível participação de grandes redes e assistência de outros servidores públicos

A operação do Ministério Público de São Paulo revelou um esquema de fraudes na Secretaria da Fazenda que pode envolver não apenas o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, já preso, mas também outras empresas e servidores públicos de destaque. As investigações apontam para uma rede sofisticada, com múltiplas ramificações e impacto significativo na economia estadual.

Indícios de participação de mais empresas e servidores

Segundo o promotor Roberto Bodini, embora a primeira fase da operação tenha sido bem-sucedida, há fortes indícios de que outras companhias, além das já investigadas, também se valeram do esquema ilegal. Bodini ressaltou que a investigação “nunca foi seletiva” e que novas empresas vêm sendo identificadas ao longo do processo, embora ainda seja impossível determinar a quantidade exata envolvida.

“A gente não pode supor, sob pena de injustamente dizer que todo varejo se valeu desse esquema. Mas também não somos inocentes ao ponto de falar que somente as citadas até agora estão envolvidas”, afirmou o promotor. Ele destacou, ainda, que a investigação deve avançar na identificação e responsabilização de todos os envolvidos.

Participação de grandes redes varejistas sob suspeita

Investigações anteriores já indicaram que gigantes do varejo, como Ultrafarma e Fast Shop, utilizaram estratégias de pagamento de propinas relacionadas a créditos de ICMS. O esquema permitia que essas empresas reduzissem seus custos fiscais de forma ilegal, o que reforça a possibilidade de ramificações mais amplas no setor.

Impacto da investigação e próximos passos

Apesar de algumas prisões e buscas já terem sido realizadas, Bodini afirmou que o volume de dinheiro movimentado evidencia uma operação complexa, com possível ajuda de diversos servidores da Sefaz, além do auditor Artur. A investigação visa descobrir o grau de autonomia do fiscal e identificar quem mais colaborou ou supervisionou o esquema.

“Diante da proporção do esquema e do volume de dinheiro, é difícil imaginar que Artur agiu sozinho”, explicou o promotor. Ele ressaltou ainda que a operação foi conduzida com sigilo absoluto para evitar destruição de provas, e novas frentes de investigação já estão abertas para detalhar o envolvimento de outros agentes públicos e privados.

Para isso, o MP não contou com o apoio externo na fase inicial, a fim de evitar vazamentos. O promotor Bodini esclareceu que a investigação deve avançar nos próximos meses, com o aprofundamento nas conexões entre os envolvidos e o grau de autonomia de cada um no esquema criminoso.

Mais detalhes sobre o andamento das investigações podem ser acompanhados no fonte.

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