Nesta quinta-feira, o líder global do sistema Swift, Hayden Allan, esteve em contato com o governo brasileiro e se reuniu com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. A conversa teve como foco esclarecer o papel do sistema na economia internacional e evitar o uso para sanções unilaterais contra bancos brasileiros.
Posição do Swift sobre sanções e impacto no Brasil
Allan afirmou que o Swift não está sujeito a aplicar sanções contra bancos por decisão unilateral de países. “O sistema funciona como uma cooperativa de bancos e opera de forma neutra, sem impor sanções por conta própria”, explicou Allan. Segundo fontes próximas ao encontro, a garantia de que o sistema não será utilizado como ferramenta de sanções foi reafirmada ao governo brasileiro.
Contexto internacional e sanções financeiras
O Brasil já foi alvo de rumores de que poderia ser cortado do Swift, especialmente durante o governo anterior, quando algumas rodas bolsonaristas citaram a hipótese como uma forma de sanção internacional. Essa ideia ganhou força ao se relacionar com ações do governo dos Estados Unidos, como o cancelamento de vistos e a Lei Magnitsky, que prevê o bloqueio de operações financeiras envolvendo empresas brasileiras com interesses americanos.
Casos de cortes do Swift e suas justificativas internacionais
Já bancos russos foram suspensos do sistema em meio à guerra na Ucrânia, decisão atribuída à União Europeia, não aos Estados Unidos. Como o Swift está sediado em Bruxelas, sua operação está sujeita às leis europeias, uma complexidade que envolve diferentes jurisdições.
Funcionamento do Swift e sua relação com o Brasil
O sistema funciona como uma espécie de mensageiro confiável, um WhatsApp entre bancos, transacionando em várias moedas e não exclusivamente em dólar. Sua estrutura inclui uma cooperativa de instituições financeiras, na qual bancos brasileiros busca integrar seu conselho de administração, fortalecendo sua representação na plataforma.
Segundo analistas, a inclusão de bancos brasileiros no conselho pode ampliar a participação do Brasil na gestão e na tomada de decisão do sistema, promovendo maior segurança para as operações financeiras nacionais.
Perspectivas para o futuro do sistema no Brasil
O governo brasileiro reforçou seu compromisso de manter o sistema Swift como uma ferramenta neutra e isenta de sanções unilaterais. A reunião desta quinta-feira faz parte de uma estratégia para assegurar que as operações financeiras do país permaneçam protegidas de interferências externas, especialmente em um cenário de tensões geopolíticas crescentes.
Segundo fontes do Ministério da Fazenda, o Brasil continuará monitorando a situação e buscando acordos que garantam a soberania do sistema financeiro nacional, sem abrir mão do diálogo com instituições internacionais como o Swift.
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