A Polícia Civil do Piauí confirmou que a morte de Alex Mariano Nascimento Moura, um jovem atleta do River Atlético Clube, pode estar relacionada a uma disputa entre facções criminosas. O crime ocorreu na manhã desta quinta-feira (14) dentro do Centro Educacional de Educação Profissional (CEEP) Residencial Esplanada, localizado na Zona Sul de Teresina.
Os detalhes da tragédia
Alex, de apenas 16 anos, foi atingido por quatro disparos, sendo dois na cabeça, um no pescoço e outro no peito. Segundo o delegado Francisco Costa, conhecido como “Baretta”, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a morte do atleta pode ter sido causada por uma rivalidade entre gangues. Isto é apoiado por uma publicação recente do jovem em suas redes sociais, onde ele exibia uma arma de fogo.
“Ele, há alguns dias, postou uma foto exibindo uma arma de fabricação caseira. Outros indivíduos ligados à facção criminosa também postaram com a mesma arma”, afirmou o delegado. Isso sugere que o crime pode ser uma extensão das disputas entre grupos criminosos atuantes na região.
Ocorrência e condições do crime
Na manhã do incidente, Alex se encontrava em uma área da escola com pouca cobertura de câmeras de segurança, onde supostamente estaria usando drogas. O jovem foi abordado por um indivíduo que chegou de fora da escola e disparou contra ele. “O colégio é monitorado por câmeras, mas tem um ponto cego, e ele se aproveitava disso para usar drogas lá. Inclusivamente, ele foi hoje pra lá usar drogas e outro indivíduo chegou lá pelo lado de fora e efetuou os disparos”, explicou Baretta.
De acordo com o delegado, Alex era considerado um aluno regular, mas estava envolvido com substâncias ilícitas, o que aumentou a vulnerabilidade do jovem em relação a ações violentas. A Polícia Civil já está a par de quem foram os responsáveis pelo crime e a identificação dos suspeitos está em andamento.
Desdobramentos da investigação
“Nós estamos com a autoria praticamente definida. O delegado Danúbio já tem reconhecimento de pessoas e colheu depoimentos”, afirmou Baretta, indicando que as investigações estão avançadas. Essas palavras trazem um certo alívio para a comunidade, que clama por justiça e maior segurança nas escolas.
O impacto social e escolar
A morte de Alex não é apenas uma tragédia pessoal, mas um reflexo do aumento da violência que está presente nas comunidades brasileiras. O fato de um jovem atleta perder a vida dentro de uma instituição educacional levanta questões sérias sobre a segurança nas escolas e a necessidade de programas de prevenção à violência. Muitas vezes, jovens como Alex, que demonstram talento e potencial, acabam sendo vítimas de circunstâncias que fogem de seu controle.
Entidades educacionais e governamentais precisam unir esforços para desenvolver políticas que garantam não apenas a segurança física, mas também o suporte emocional e psicológico para os alunos. É fundamental que haja um olhar mais atento às necessidades dos jovens, evitando que se sintam compelidos a se envolver em atividades ilícitas.
Este trágico incidente ressalta a urgência de se discutir a paz e a resolução de conflitos nas escolas. Pais, educadores e a sociedade civil devem trabalhar juntos para criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos os estudantes, de modo a minimizar o impacto da violência nas suas vidas.
Reflexões finais
A morte de Alex Mariano Nascimento Moura nos coloca diante de uma dura realidade que muitos jovens enfrentam. A intersecção entre a violência e o ambiente escolar precisa ser estudada e abordada de maneira urgente. Que essa tragédia sirva de catalisador para mudanças que proporcionem um futuro melhor e mais seguro para nossos jovens. Eles merecem um mundo onde possam crescer e prosperar em paz, longe da criminalidade e da violência.
