A atriz e ativista Laverne Cox usou as redes sociais para falar sobre seu relacionamento de quatro anos com um policial de Nova York que vota na plataforma do movimento MAGA, do Partido Republicano. A revelação gerou controvérsia, especialmente por Cox ser uma ativa defensora dos direitos trans e ter criticado publicamente o governo de Donald Trump.
Relacionamento e diferenças políticas
No Instagram, Cox explicou que conheceu seu ex-namorado há cinco anos, durante a pandemia, e que, na época, ela não tinha conhecimento de sua filiação política e profissão policial. Ela descreveu o relacionamento como “muito intenso” e afirmou que, apesar das diferenças políticas, tentou sempre abordá-las com amor e empatia.
“Nós não discutíamos questões trans na maior parte do tempo. Ele nunca tinha namorado uma mulher trans antes de mim”, declarou Cox, enfatizando que sua conexão foi baseada em qualidades internas e não em aspectos superficiais.
Posições pessoais e críticas
Laverne Cox reafirmou seu posicionamento antiguerra e anti-fascista, ressaltando que o MAGA é um movimento profundamente anti-trans e que ela não compartilha dessas visões. Ela também comentou que, apesar do ex-namorado votar na plataforma do movimento, ela nunca votou em Trump e se identificou como democrática apenas em 2020 para votar em Bernie Sanders.
“Ele de fato votou em Trump, mas isso não define quem ele é como pessoa. Nosso relacionamento foi cheio de boas experiências, e a política dele não me impediu de amá-lo”, afirmou Cox, citando que tentou sempre questionar as opiniões dele com fatos e diálogo respeitoso.
Resposta às críticas
Após várias reações negativas ao seu relato, Cox voltou às redes sociais para esclarecer seu posicionamento e desmentir acusações de traição à sua comunidade LGBTQ+. Ela reforçou a importância de separar a pessoa de suas convicções políticas e condenou o fascismo, destacando que não abandonou seus valores ao namorar alguém com opinião diferente.
“Fascismo não condiz com meus valores. Sempre desafiei meu ex com amor, tentando entender seu ponto de vista, mesmo que discordasse”, afirmou Cox. “Gostaria que as pessoas reconhecessem que é possível amar alguém, mesmo com diferenças políticas.”
Contexto e futuras reflexões
Embora o relacionamento não exista mais, Cox explicou que, na época, ela se sentiu confortável para compartilhar essa experiência na sua próxima apresentação no City Winery, intitulada “Gurrl How Did I Get Here?”, uma jornada pelas voltas da vida e da carreira, intercalada com humor e revelações pessoais.
“Tenho 48 anos, e minha história é de amor, compreensão e luta contra o ódio”, concluiu Cox. Ela destacou a importância de lembrar que o combate ao fascismo e a defesa dos direitos trans permanecem essenciais, independentemente de relacionamentos pessoais.
Para quem quiser conferir mais, o vídeo completo, com quase 55 minutos, está disponível em sua conta no Instagram.