Brasil, 15 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Brasil ainda não está pronto para proteger crianças de violência

A auditoria revela falhas na proteção de crianças tanto no ambiente físico quanto no digital.

No cenário atual da segurança pública, a proteção de crianças e adolescentes no Brasil se mostra uma questão urgente e crítica. Uma auditoria nacional realizada pelos Tribunais de Contas do país revelou que o Brasil ainda não está plenamente preparado para garantir a segurança das crianças, seja no ambiente físico, seja na internet. Os dados serão apresentados nesta sexta-feira (15/8) durante o 19º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que acontece em Manaus (AM).

Auditoria revela falhas na rede de proteção

O conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Renato Rainha, representando a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Instituto Rui Barbosa (IRB), será um dos responsáveis por apresentar as informações do levantamento, realizado em colaboração com 20 Tribunais de Contas. O auditor do Tribunal de Contas do Ceará, Ricardo Pessoa, também participará da apresentação.

Rainha enfatiza que a auditoria apontou falhas significativas na rede de proteção, afirmando que essa realidade é ainda mais preocupante devido ao avanço da erotização precoce e dos riscos associados às redes sociais. Segundo ele, “ambientes virtuais sem supervisão facilitam o acesso de agressores, com um potencial de violência semelhante ao do espaço físico”.

A violência digital e sua prevalência

Um dos pontos alarmantes trazidos pela auditoria é a forma como a violência contra crianças se perpetua no ambiente digital. “Se no atendimento físico a criança é revitimizada, no digital a violência se repete milhares de vezes”, afirma Rainha. Ele ressalta que o Brasil ainda carece de mecanismos eficazes para proteger as crianças, tanto em relação ao contato físico quanto ao digital.

Os dados apresentados no encontro coincidem com um momento em que o Congresso Nacional discute a exploração infantil no ambiente online e a adultização para monetização. A discussão foi amplificada por um vídeo impactante do influenciador Felca, que expôs a linha tênue entre entretenimento e exploração comercial, abordando casos em que perfis de crianças são gerenciados por adultos.

O impacto das redes sociais na infância

De acordo com Rainha, as plataformas digitais que utilizam algoritmos para promover a erotização de crianças e adolescentes criam um ciclo de revitimização virtual, permitindo que a violência se estenda sem fronteiras. “A ausência de protocolos claros e de proteção imediata nas redes sociais deixa as vítimas desamparadas e expostas, enquanto os agressores se beneficiam”, completa.

Medidas urgentes e necessárias

Rainha defende a necessidade urgente de fortalecer políticas de prevenção, proteção e regulação das redes sociais. “É imprescindível investir em educação digital para evitar que o abuso se inicie ou se perpetue no ambiente online”, alerta. A discussão sobre a proteção de crianças e adolescentes se torna cada vez mais relevante em um mundo onde a internet e as redes sociais possuem uma presença inegável no cotidiano.

O 19º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública também abordará outras questões essenciais para a segurança do Brasil, incluindo o combate à criminalidade organizada e a prevenção da violência contra grupos vulneráveis, como mulheres e crianças. O evento busca reunir autoridades e especialistas para discutir soluções práticas que ajudem a garantir um futuro mais seguro para todos os cidadãos.

Diante dessa realidade alarmante, a mobilização de todos os setores da sociedade se torna fundamental. A proteção de crianças e adolescentes deve ser uma prioridade para garantir que não sejam apenas protegidos dos riscos físicos, mas também dos perigos que habitam o mundo digital. Somente através de ações coordenadas e efetivas, será possível avançar rumo a um Brasil onde todas as crianças possam crescer em segurança e dignidade.

Para mais informações sobre o evento e os dados da auditoria, acesse o link aqui.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes