Brasil, 14 de agosto de 2025
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Processo de beatificação de Maria Milza inicia na Bahia

Maria Milza dos Santos Fonseca pode se tornar a segunda santa da Bahia em cerimônia marcada para o dia 15 de agosto.

No dia 15 de agosto de 2025, será realizada a primeira etapa do processo de beatificação de Maria Milza dos Santos Fonseca, uma agricultora baiana que poderá ser a segunda santa da Bahia. A cerimônia ocorrerá no Santuário Diocesano da Caridade Nossa Senhora das Graças, em Itaberaba, a cerca de 163 km de Feira de Santana, e será presidida por Dom Estevam dos Santos Silva Filho, bispo da Diocese de Ruy Barbosa. Com início marcado para as 9h30, a instalação oficial dá início à fase diocesana da beatificação, aprovada pelo Vaticano.

O início formal da beatificação

A fase diocesana do processo de beatificação é crucial, pois é nesta etapa que serão reunidos testemunhos, documentos e evidências sobre a vida e virtudes de Maria Milza. A coordenação da Comissão Histórica ficará a cargo do historiador Vinícius Santos da Silva, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). O trabalho da comissão incluirá a análise de documentos e relatos sobre a vida da agricultora, visando apurar possíveis graças ou milagres que possam ser atribuídos à sua intercessão.

Após essa análise, um relatório será elaborado e enviado ao Vaticano. O processo seguirá conforme as normas estabelecidas para as Causas dos Santos, publicadas pelo Dicastério em 1983. A canonização de Maria Milza poderá ocorrer se suas virtudes heroicas forem reconhecidas e se um milagre for confirmado. Para a canonização, será necessário a verificação de um segundo milagre que tenha acontecido após a beatificação.

Quem foi Maria Milza dos Santos Fonseca?

Maria Milza nasceu em 15 de agosto de 1923, no povoado de Alagoas, em Itaberaba. Filha caçula de uma família de 12 irmãos, cresceu em um lar de agricultores e destacou-se por sua vida de oração e solidariedade. Reconhecida por sua generosidade, dividia alimentos com famílias em vulnerabilidade, visitava doentes e alfabetizava crianças usando cartilhas católicas.

Após o seu falecimento, em 17 de dezembro de 1993, a residência onde viveu, conhecida como Casa de Mãezinha, se transformou em um memorial para aqueles que buscam apoio espiritual. O local se tornou um espaço de acolhimento para doentes e romeiros, e muitos devotos relatam ter alcançado graças através da intercessão de Maria Milza.

Relação com Irmã Dulce

Maria Milza também teve uma relação significativa com Irmã Dulce, a primeira santa brasileira. Mesmo tendo se encontrado apenas algumas vezes, registros mostram uma forte afinidade espiritual entre as duas. Em uma das raras fotografias, Milza é vista visitando Irmã Dulce em 1990, quando esta já estava enferma. Ambas compartilhavam uma espiritualidade voltada para o amor e a caridade com os mais necessitados.

Casa Memorial de Maria Milza

A Casa de Mãezinha, onde Maria Milza viveu, foi transformada no Memorial Maria Milza, um espaço que preserva a sua memória e acolhe devotos. De acordo com a Irmã Claudia Conceição, da Comissão Histórica do Santuário Diocesano, o local é um testemunho da força da fé popular e da gratidão que as pessoas sentem, expressa por meio de objetos e mensagens deixadas pelos visitantes.

Próximos passos na beatificação

A cerimônia de instalação do processo de beatificação será uma etapa marcante não apenas para a Diocese de Ruy Barbosa, mas para todo o estado da Bahia. O início formal da fase diocesana promete trazer luz à história de Maria Milza, uma mulher cuja vida foi pautada pela solidariedade e por um profundo amor ao próximo.

É um momento de celebração para os fiéis e para a comunidade, que verá reconhecido o legado de uma mulher que dedicou sua vida ao serviço do próximo. À medida que o processo avança, muitos esperam que a beata Maria Milza se torne, em um futuro próximo, um novo símbolo de santidade para os brasileiros.

Com a crescente evidência dos milagres e graças atribuídos à sua intercessão, a expectativa é que o processo se desenrole rapidamente. A comunidade está unida em oração, aguardando fervorosamente um dia especial, quando Maria Milza dos Santos Fonseca será oficialmente reconhecida como beata.

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