O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta semana que o Brasil não ficará parado diante da recente tarifa aplicada pelos Estados Unidos às importações brasileiras. Em discurso durante a inauguração de uma fábrica da Hemobras em Goiana, Pernambuco, Lula ressaltou a importância de atuar em outros mercados globais e reforçou o objetivo de manter o respeito internacional ao país.
Brasil vai procurar outros mercados e garantir respeito
“Se os Estados Unidos não quiserem comprar nossos produtos, não vou ficar chorando, rastejando. Vou procurar outros países para vender, como China, Índia, Rússia e Alemanha”, declarou Lula. “Aprendi a andar de cabeça erguida e quero que este país seja respeitado”, completou o presidente.
Lula também criticou as justificativas comerciais e políticas dos Estados Unidos para a aplicação das tarifas. Segundo ele, “não fazem sentido”, e o governo brasileiro está preparado para negociar com Washington, conforme destacou, citando os ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). “Todo mundo preparado para negociar, a hora que quiserem, sentamos na mesa”, reforçou.
Busca por novos mercados e fortalecimento do comércio internacional
Segundo Lula, o Brasil abriu cerca de 400 novos mercados nos últimos dois anos e meio. “Vamos vender carne e miúdos para as Filipinas, que não compravam nada de nós até então. Não vamos chorar pela tarifa dos EUA”, afirmou o presidente. Essa postura reflete o esforço do Brasil de diversificar suas exportações e fortalecer sua presença no cenário internacional.
Além dos contatos com EUA, Lula vem dialogando com líderes de países que também são alvo de tarifas ou restrições comerciais. Na semana passada, conversou por telefone com Xi Jinping, da China, Narendra Modi, da Índia, e recebeu ligação de Vladimir Putin, da Rússia. Todos esses países fazem parte do grupo BRICs, que defende o multilateralismo nas relações internacionais.
O objetivo do Brasil, segundo o governo, é fortalecer sua posição no comércio mundial e promover uma postura mais independente frente às pressões externas. Essa estratégia busca garantir que o país mantenha sua autonomia e desenvolva novas parcerias comerciais a longo prazo.
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