Brasil, 14 de agosto de 2025
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Leis aprovadas no Texas obrigam oração, leitura bíblica e exibição de cartazes com os Dez Mandamentos em todas as salas de aula, gerando críticas e debates

As escolas públicas do Texas estão implementando uma nova série de regulamentações após a aprovação de leis estaduais que reforçam a presença religiosa nas instituições de ensino. Entre as mudanças, destacam-se a obrigatoriedade de tempos de oração, leitura bíblica e a exibição de cartazes com os Dez Mandamentos em cada sala de aula, provocando reações de diferentes setores da sociedade.

Novas leis: oração e cartazes com os Dez Mandamentos nas salas de aula

O Senado do Texas aprovou o Projeto de Lei 11, que determina que as escolas estaduais reservem momentos para leitura bíblica e oração durante o horário escolar. Além disso, o Projeto de Lei 10 exige que cada escola exiba um cartaz com os Dez Mandamentos, medindo 16 por 20 polegadas, em uma área visível para todos os estudantes. Essas medidas são consideradas por críticos como uma afronta à separação entre Igreja e Estado.

Segundo o documento oficial, a lei busca fortalecer os valores religiosos tradicionais na educação pública, mas gera preocupações sobre a imposição de uma visão religiosa específica em ambientes laicos. Países e estados que definem a educação como laica argumentam que essas ações violam princípios fundamentais de liberdade religiosa.

Reações e críticas à medida

As discussões sobre as novas regulamentações se intensificaram após as leis se tornarem virais nas redes sociais, com muitas críticas à sua natureza e impacto. Um internauta comentou: “No celulares? Dez Mandamentos? Thank goodness I graduated when I did because this all sounds so miserable. I feel bad for the kids” (“Ainda bem que já me formei, porque tudo isso parece um horror. Tenho pena das crianças”).

Outro usuário afirmou: “Estou verdadeiramente impressionado que o Texas conseguiu passar leis tão flagrantes de violação da separação entre igreja e estado, obrigando ‘cada sala de aula a ter um cartaz visível dos Dez Mandamentos’.” Para ele, o país estaria caminhando rapidamente para trás.

Algumas pessoas questionaram o impacto prático dessas medidas, como um comentário: “Tempo de oração e cartazes com os Dez Mandamentos parecem uma pegadinha. Vai lembrar os estudantes de não matar ou trair o próximo?”

Reações de defesa e opinião contrária

Por outro lado, há quem defenda o direito de exibir símbolos religiosos na escola. Uma publicação argumentou: “Não há nada de errado em ser cristão, mas forçar cada sala de aula a exibir os Dez Mandamentos é um cenário distópico.” Outros criticaram a imposição religiosa como uma forma de coerção, apontando que isso viola princípios bíblicos e promove uma espécie de culto estatal.

Também há preocupações sobre a segurança dos estudantes, como numa postagem: “Quando uma criança chegar na escola com a arma dos pais e decidir atirar, terá oração e cartaz para olhar, mas talvez não consiga ligar para o 911 ou chamar os pais a tempo.”

Impactos e perspectivas

Especialistas e organizações de direitos civis alertam que essas leis podem abrir precedentes perigosos para a manutenção de uma educação de viés religioso, prejudicando o princípio da laicidade do Estado. Ainda não há uma definição clara sobre como as escolas irão implementar, mas o debate promete continuar acalorado nos próximos meses, com possíveis ações judiciais contestando a constitucionalidade dessas medidas.

Enquanto isso, o assunto continua polarizando opiniões e acendendo discussões sobre os limites entre religião e educação pública nos Estados Unidos.

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