Brasil, 14 de agosto de 2025
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51% dos brasileiros aprovam prisão domiciliar de Bolsonaro

Dados da pesquisa Datafolha mostram apoio significativo à decisão judicial em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta quinta-feira revelou que 51% dos brasileiros são favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esta medida foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 4 de agosto, em resposta a violações de medidas cautelares por parte do ex-presidente. A pesquisa também revelou que a maioria dos entrevistados (53%) acredita que Moraes agiu de acordo com a lei.

Resultados da pesquisa Datafolha

O levantamento do Datafolha foi realizado entre os dias 11 e 12 de agosto, com 2.002 entrevistados maiores de 16 anos em 113 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Segundo os dados, a informação sobre a prisão de Bolsonaro chegou a 87% dos eleitores. Desses, 30% se disseram bem informados, enquanto 42% se consideraram razoavelmente informados e 15% afirmaram possuir poucas informações sobre o assunto.

Entre os entrevistados, 42% manifestaram-se contrários à prisão do ex-presidente. Além disso, 4% dos participantes não souberam opinar e 3% mostraram-se indiferentes sobre a questão.

A decisão do STF e suas repercussões

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi imposta após o ex-presidente ser acusado de violar repetidamente medidas cautelares, como a proibição de se manifestar nas redes sociais de terceiros. Esta investigação gira em torno da suposta conivência de Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, em tentar submeter o funcionamento do STF à influência de um Estado estrangeiro, especificamente os Estados Unidos.

O ministro Moraes justificou sua decisão com base na participação de Bolsonaro em uma manifestação que criticou o STF, ocorrida em Copacabana, onde ele também apoiava a anistia de seus seguidores. Essa medida leva o ex-presidente a ser julgado no próximo mês por supostas tentativas de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O advogado de defesa de Bolsonaro apresentou alegações finais no último dia 13.

A visão da população sobre o Judiciário

Nos últimos acontecimentos, os Estados Unidos impuseram tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros e incluíram o ministro Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, alegando que ele violou direitos humanos. No entanto, a pesquisa Datafolha indica que 53% dos entrevistados não concordam com a avaliação dos Estados Unidos. Apenas 39% expressaram acreditar que Moraes persegue Bolsonaro por razões políticas.

A pesquisa também apontou que 43% dos entrevistados sentem que o Judiciário trata Bolsonaro de forma mais severa do que outros políticos, enquanto 37% consideraram que o tratamento é igual ao dispensado a seus pares. Outros 13% acreditam que o ex-presidente recebe um tratamento melhor, e 7% não opinaram sobre essa questão.

Implicações políticas futuras

A pesquisa Datafolha reflete a polarização política no Brasil e levanta questões sobre a percepção da justiça e a aplicação da lei em casos que envolvem figuras políticas de destaque. À medida que os próximos meses se aproximam, com o julgamento de Bolsonaro e as implicações internacionais e locais das decisões do Judiciário, o cenário político no Brasil se torna ainda mais instável e intrigante.

Com a soma de opinião pública e decisões judiciais divergentes, observa-se um clamor por uma justiça que seja percebida como equitativa e livre de influências externas, temática que continua a ser debatida no Brasil.

Este panorama nos mostra um Brasil dividido, onde cada nova decisão judicial ressoa não apenas nas esferas políticas, mas também nas ruas, refletindo uma nação que busca por justiça e equilíbrio em meio ao caos histórico recente.

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