O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou nesta quinta-feira (14) planos para construir mais de 3 mil unidades habitacionais em assentamentos na Cisjordânia ocupada. A proposta visa consolidar a presença israelense na região e foi recebida com duras críticas de grupos de defesa e da comunidade internacional.
Repercussões e críticas ao projeto de assentamento
Smotrich declarou que a construção fortalecerá uma “realidade judaica” e “enterrará a ideia de um Estado palestino”. A iniciativa, ainda sujeita à aprovação final do Conselho Superior de Planejamento, revigora o projeto E1, considerado por críticos como uma ameaça à solução de dois Estados.
Segundo a organização israelense Peace Now, os planos de expansão “garantem anos adicionais de violência” e dificultam qualquer possibilidade de paz na região. “O governo está levando Israel para um abismo, acelerando o fim de uma solução pacífica”, declarou o grupo em comunicado online.
Implicações para o processo de paz na região
Especialistas alertam que a criação de mais assentamentos, especialmente na área de E1, pode dividir a Cisjordânia de forma irreversível, prejudicando qualquer esforço diplomático futuro. A ONU categoriza a Cisjordânia como território sob ocupação militar israelense, e os assentamentos são considerados ilegais pela comunidade internacional.
Resposta internacional e situação atual
Até o momento, o premiê Benjamin Netanyahu não se pronunciou oficialmente sobre o projeto. Grupos de direitos humanitários e países europeus continuam a condenar as políticas de expansão israelense na área, que alimentam tensões e violam acordos internacionais.
Perspectivas futuras e possível impacto
O anúncio aumenta o temor de uma escalada de violência na região e ameaça a viabilidade de uma solução de dois Estados. A comunidade internacional reforça a necessidade de diálogo e de uma moratória na construção de assentamentos para evitar uma escalada no conflito.