Brasil, 14 de agosto de 2025
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Lula assina medida provisória para socorrer empresas impactadas pelo tarifaço dos EUA

Governo anuncia apoio às empresas brasileiras afetadas pelas tarifas americanas com crédito de R$ 30 bilhões e prorrogação de prazos

Nesta quarta-feira (14), o presidente Lula assinou a medida provisória do programa “Brasil Soberano”, uma iniciativa de apoio às empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. O pacote inclui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões e o adiamento de impostos para setores impactados pelas tarifas.

Medidas para mitigar efeitos do tarifaço dos EUA

A proposta prevê a concessão de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, condicionada à manutenção dos empregos. Além disso, o governo anunciou a prorrogação por um ano do prazo para exportar mercadorias com insumos beneficiados pelo mecanismo “drawback”, que suspende ou isenta tributos na fabricação de produtos destinados à exportação.

Segundo o presidente Lula, “não podemos ficar apavorados ou nervosos diante das crises, pois elas podem gerar oportunidades de inovação”. A medida também permite que a Receita Federal adie a cobrança de impostos sobre as empresas mais impactadas pelo tarifaço, prática já adotada na pandemia da Covid-19.

Reforço às exportações e incentivos fiscais

O programa ainda concede às empresas exportadoras crédito tributário para desonerar vendas externas, com alíquotas de até 3,1% para grandes e médias empresas e até 6% para micro e pequenas empresas. Essas ações visam manter a competitividade do setor exportador brasileiro diante do cenário internacional.

Repercussões e riscos fiscais

Especialistas alertam que, apesar dos benefícios, há riscos fiscais associados às medidas. O economista Carlos Almeida destaca que “a ampliação do gasto público precisa ser acompanhada de controles para evitar desequilíbrios fiscais a longo prazo”. A equipe econômica do governo garante que as ações são temporárias e focadas em estabilizar o setor afetado.

Contexto econômico e mercado financeiro

Na manhã desta quinta-feira, o dólar abriu em queda no Brasil, refletindo a expectativa de que o pacote de auxílio possa ajudar a estabilizar o cenário econômico. O dólar acumula uma alta de 0,65% na semana, porém caiu 3,58% no mês e 12,61% no ano.

Por outro lado, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, valoriza-se 0,57% na semana, com avanço de 2,72% no mês e acumulado de 13,64% em 2025. A assinatura da MP reforça as perspectivas de recuperação do mercado diante do aumento da estabilidade.

Outros destaques econômicos

Além do pacote de ajuda, o governo anunciou que o Ministério da Fazenda divulgará às 9h o Prisma Fiscal, levantamento mensal com as estimativas do mercado para as contas públicas. Internamente, às 9h, o IBGE publica a Pesquisa Mensal de Serviços de junho, que deverá apresentar uma leve desaceleração no setor de serviços do país.

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham a divulgação de dados de auxílio-desemprego e do índice de preços ao produtor (PPI), previstos para às 9h30, buscando sinais de uma possível desaceleração da atividade econômica americana. Isso pode influenciar a decisão do Federal Reserve de iniciar um ciclo de cortes nos juros.

Perspectivas e desafios futuros

Com o cenário incerto internacional e doméstico, o governo tenta equilibrar o apoio às empresas com os cuidados fiscais. A expectativa é de que novas ações possam ser tomadas para proteger o setor produtivo e estabilizar a economia brasileira diante das pressões externas.

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