A NBA anunciou nesta quarta-feira a aprovação unânime da venda da tradicional franquia Boston Celtics para um grupo liderado pelo investidor Bill Chisholm, conhecido por sua atuação em private equity. O acordo avalia a equipe em impressionantes US$ 6,1 bilhões (aproximadamente R$ 32,9 bilhões), estabelecendo um novo recorde para uma transação de time profissional nos Estados Unidos.
Detalhes da transação e histórico da franquia
Segundo informações da liga, a operação deverá ser concluída nos próximos dias. Inicialmente, Chisholm assumirá 51% das ações do time e deverá obter o controle total até 2028. Com isso, o valor total da aquisição pode alcançar até US$ 7,3 bilhões (R$ 39,3 bilhões). Apesar do montante recorde, essa transação é inferior à avaliação recente dos Los Angeles Lakers, que foi estimada em R$ 53,9 bilhões (US$ 10 bilhões), com a entrada de Mark Walter, proprietário do Los Angeles Dodgers, como acionista majoritário da equipe.
Antes dessa transação, o recorde para uma franquia esportiva foi estabelecido em 2023, quando o Washington Commanders (NFL) foi vendido por US$ 6,05 bilhões (cerca de R$ 32,6 bilhões). No basquete, o maior valor até então era de US$ 4 bilhões (equivalente a R$ 21,6 bilhões), pago pelo empresário Mat Ishbia pelo Phoenix Suns, também em 2023.
Perfil de Bill Chisholm e os novos investidores
Bill Chisholm, natural de Massachusetts e formado em Dartmouth College e Wharton School da Universidade da Pensilvânia, é sócio da Symphony Technology Group, sediada na Califórnia. O novo grupo de investidores inclui ainda Rob Hale, que já é acionista dos Celtics, e Bruce Beal Jr. Este movimento reflete a crescente valorização das franquias esportivas, especialmente em um mercado tão competitivo como o da NBA.
O grupo atual, liderado por Wyc Grousbeck, comprou os Celtics em 2002 por US$ 360 milhões (R$ 1,94 bilhão). Desde a sua aquisição, a franquia conquistou dois títulos da NBA, em 2008 e 2024, e agora detém um total de 18 troféus, o que é um recorde na liga. Essa nova proposta de aquisição não apenas reforça o valor do time, mas também destaca a importância histórica e cultural dos Celtics na NBA.
Competição entre investidores
Chisholm não foi o único interessado em adquirir os Celtics. O ex-sócio minoritário da equipe, Steve Pagliuca, também tentou a compra, mas foi superado na oferta. Pagliuca anunciou planos de adquirir o Connecticut Sun, da WNBA, por US$ 325 milhões (R$ 1,75 bilhão) e transferi-lo para Boston, embora enfrente resistência da liga feminina quanto à mudança. Essa disputa entre investidores evidencia o interesse crescente pelas franquias esportivas e o potencial de retorno financeiro em um mercado em contínua expansão.
A venda do Boston Celtics marca um momento significativo na história do esporte, refletindo as mudanças no cenário econômico global e o impacto do investimento privado no mundo dos esportes. À medida que a liga continua a crescer em popularidade e receita, outras franquias podem seguir o exemplo e alcançar valores similares, reconfigurando a paisagem das transmissões esportivas e do investimento em entretenimento.
Com essa movimentação, os Celtics não apenas solidificam sua posição como uma das franquias mais importantes da NBA, mas também abrem caminho para um futuro promissor sob a nova liderança de Bill Chisholm e seus parceiros investidores.
