O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de 56 anos, foi eleito para continuar à frente da maior cidade do país, vencendo o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), 42, no segundo turno das eleições municipais deste domingo (27). Com 59,55% dos votos válidos (3,18 milhões) contra 40,45% (2,16 milhões) de Boulos, Nunes assegurou sua posição graças a um apoio robusto de coligações partidárias e articulações políticas.
De desconhecido a preferido nas urnas, Ricardo Nunes é eleito prefeito de São Paulo
Quando assumiu a prefeitura em 2021, após a morte de Bruno Covas (PSDB), Nunes era pouco conhecido: pesquisas apontavam que mais de 60% dos paulistanos não sabiam seu nome. Nos anos seguintes, ele consolidou sua administração com obras estruturais e iniciativas populares, como a tarifa zero aos domingos e a requalificação da avenida Santo Amaro. Realizações como a construção de 70 obras de combate a enchentes, que impactaram mais de 100 mil pessoas, e o incremento orçamentário – com previsão de R$ 119 bilhões para 2025 – fortaleceram sua imagem de gestor eficaz e reforçaram sua popularidade na reta final da disputa.
Articulações e alianças para a vitória
Nunes foi apoiado por uma coligação de 12 partidos, o que lhe garantiu o maior tempo de propaganda na TV e o apoio de mais de 500 candidatos a vereador. Esses fatores foram decisivos para alavancar sua visibilidade e consolidar seu nome entre eleitores que buscavam continuidade. O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi oficializado tardiamente e de forma pouco enfática – embora o próprio Bolsonaro tenha afirmado que Nunes não era seu “candidato dos sonhos”, indicou o coronel Mello Araújo (PL) como vice-prefeito na chapa. Para Nunes, a união do centro e da direita foi fundamental para vencer a esquerda.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, teve uma atuação determinante. Com 55% de aprovação na capital, Tarcísio decidiu apoiar diretamente a campanha de Nunes, utilizando seu prestígio e apoio do eleitorado evangélico para conquistar votos. Sua presença, ao lado do prefeito eleito em eventos e até em sessões de preparação para debates, foi um dos trunfos de Nunes na reta final, reforçando a aliança entre prefeitura e governo estadual.
Polêmica e polarização
O segundo turno em São Paulo foi marcado por declarações polêmicas e uma retórica de polarização. No dia da eleição, o governador Tarcísio de Freitas afirmou, sem provas, que membros da facção criminosa PCC orientaram familiares e apoiadores a votar em Boulos. Em resposta, o candidato do PSOL classificou a acusação como “vergonhosa”, e o Ministério Público informou que não recebeu qualquer sinalização dos serviços de inteligência sobre tal envolvimento da facção criminosa na campanha.
Com a vitória nas urnas, Nunes deve iniciar seu mandato com o apoio de uma ampla base política e aliados de peso, preparando-se para os desafios de governar uma cidade com demandas críticas em infraestrutura, segurança e políticas sociais.O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de 56 anos, foi eleito para continuar à frente da maior cidade do país, vencendo o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), 42, no segundo turno das eleições municipais deste domingo (27). Com 59,55% dos votos válidos (3,18 milhões) contra 40,45% (2,16 milhões) de Boulos, Nunes assegurou sua posição graças a um apoio robusto de coligações partidárias e articulações políticas.