No dia 12 de agosto de 2025, a Justiça do Piauí decidiu que Laécio Oliveira da Penha, motociclista acusado de causar um acidente fatal em Monsenhor Gil, será julgado pelo Tribunal do Júri. O incidente, que resultou na morte do servidor público Antônio Sérgio de Oliveira Neto, ocorreu em novembro de 2024, quando Laécio foi flagrado realizando manobras arriscadas em sua motocicleta.
O acidente e suas consequências
O trágico acidente aconteceu no dia 28 de novembro de 2024, quando Antonio Sérgio, conhecido como um apreciador da estrada e funcionário público, cruzou a rodovia BR-316 e foi atropelado por Laécio. Um vídeo de câmeras de segurança capturou o momento da colisão, mostrando que a moto de Laécio passava em alta velocidade e, segundo testemunhas, estava “dando grau”. Esse estilo de pilotagem, que envolve empinar a moto, é muito perigoso e, como se viu, culminou em uma tragédia.
No momento do acidente, Laécio também se machucou e foi levado para o Hospital Helvídio Nunes de Barros, em Monsenhor Gil, e posteriormente transferido para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Antônio Sérgio, infelizmente, não sobreviveu e faleceu na madrugada seguinte ao acidente.
Reclassificação do crime
Inicialmente, Laécio foi denunciado pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) por homicídio culposo na direção de veículo automotor. Contudo, o juiz Silvio Valois Cruz Júnior decidiu reclassificar o crime para homicídio com dolo eventual. Essa mudança implica que, mesmo sem a intenção de matar, Laécio assumiu o risco de causar a morte ao realizar manobras perigosas.
O Tribunal do Júri é composto por jurados que decidirão se o acusado atuou de forma culposa ou dolosa, apresentando uma camada adicional de justiça ao caso. Apesar da gravidade da situação, o juiz optou por não decretar a prisão preventiva de Laécio, que permanece em liberdade desde o momento de sua detenção em 2024, após o acidente.
Impactos na vida do acusado
Vale ressaltar que Laécio já tinha um histórico de problemas relacionados a crimes de trânsito antes do acidente trágico, o que levanta questões sobre o policiamento e a educação no trânsito em Monsenhor Gil e em todo o Brasil. Após sua detenção, foi determinado que ele utilizasse uma tornozeleira eletrônica e que seu direito de dirigir fosse suspenso enquanto o processo estivesse em andamento.
O delegado Otony Nogueira, que liderou a investigação, comentou que o inquérito não indicava a necessidade de uma nova prisão, mas frisou a importância de responsabilizar Laécio pelas suas ações. A comunidade aguarda com expectativa o julgamento, que servirá como um importante caso de precedência sobre a responsabilidade no trânsito e as consequências de ações imprudentes.
Reflexão sobre a imprudência no trânsito
O caso de Antônio Sérgio levanta um debate essencial sobre a segurança no trânsito e o uso consciente da motocicleta, especialmente entre os jovens. A prática de “dar grau” tem se tornado comum em alguns ambientes, mas seus riscos são evidentes, como se viu nesse acidente trágico.
Além de trazer dor a famílias e comunidades, comportamentos imprudentes como esse devem ser discutidos em escolas, centros comunitários e através de campanhas educativas. O trânsito é um espaço que requer responsabilidade e comprometimento de todos os seus usuários.
Próximos passos
A data do julgamento de Laécio ainda não foi definida, mas a expectativa é que o Tribunal do Júri traga à tona as questões de responsabilidade e segurança no trânsito, contribuindo para a conscientização e a prevenção de novos acidentes. A história de Antônio Sérgio não deve ser esquecida, mas sim utilizada como um exemplo de que ações irresponsáveis têm consequências graves.
Familiares e amigos de Antônio continuam a buscar justiça, e a comunidade de Monsenhor Gil espera que esse caso traga mudanças necessárias na consciência sobre saúde e segurança no trânsito. Todos aguardam ansiosamente pelo desfecho deste caso, que pode impactar a vida de muitos em nossa sociedade.