Nesta quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com o cientista político Steven Levitsky, professor de Harvard e autor do livro “Como as Democracias Morrem”, em Brasília. A reunião ocorreu durante o seminário “Democracia em Perspectiva na América Latina e no Brasil”, no Senado, e marcou um momento de avaliação da defesa das instituições brasileiras frente às tentativas autoritárias.
Reconhecimento da resistência brasileira frente ao autoritarismo
Durante o encontro, Levitsky elogiou a postura das instituições brasileiras ao enfrentarem a tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o especialista, o Brasil “fez o que os Estados Unidos deveriam ter feito” diante das ações autoritárias de Donald Trump, destacando a atuação da Suprema Corte brasileira.
“A Suprema Corte fez o certo ao defender a democracia agressivamente. O Congresso e o Judiciário americanos abdicaram de suas responsabilidades ao encararem o autoritarismo”, afirmou Levitsky, citando ainda a influência de Trump sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de Bolsonaro.
Lula assina Medida Provisória “Brasil Soberano” para fortalecer economia
Na mesma ocasião, Lula anunciou a assinatura da Medida Provisória “Brasil Soberano”, que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões voltada às empresas afetadas pela sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump às exportações brasileiras, vigente desde 6 de agosto, com exceções de cerca de 700 produtos, como suco de laranja e aviões.
Medidas de incentivo às empresas brasileiras
O pacote terá ainda ações de compras governamentais e a abertura de novos mercados, com prioridade para conteúdos nacionais. Lula destacou que as pequenas empresas estarão no foco das novas iniciativas. “A gente vai ter crédito, compras governamentais e abertura de novos mercados (destino para esses produtos). E vai ter prioridade para o conteúdo nacional, para garantir a sobrevivência das empresas brasileiras”, afirmou.
O presidente ressaltou que o objetivo é que o Brasil ofereça sacrifícios similares aos de outros países na defesa de suas indústrias. A assinatura da MP contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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