Uma tragédia abalou a comunidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde a sargento da Marinha Juliana da Silva Oliveira Pessoas, de 37 anos, foi baleada enquanto estava em seu carro no domingo (10). Em decorrência dos ferimentos e da grave situação de sua saúde, o bebê que ela esperava, um menino que se chamaria Pedro, não sobreviveu e faleceu nesta terça-feira (12) no útero da mãe.
Estado de saúde preocupante
Atualmente, Juliana encontra-se em estado gravíssimo, internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), onde está dependente de aminas em doses elevadas, sedada e respirando com ventilação mecânica. Os médicos aguardam o momento apropriado para realizar a cesariana e retirar o feto, em uma abordagem que deve ser cuidadosamente planejada em conjunto com a equipe obstétrica.
O hospital informou que a sargento da Marinha foi transferida do Hospital da Mulher após passar por uma cirurgia vascular noturna na segunda-feira (11). O procedimento foi necessário para conter sangramentos e reparar os vasos lesados. Desde então, ela está sob vigilância especializada no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Relato do crime
O incidente aconteceu quando Juliana estava no banco do carona de um carro, dirigido por seu marido. A família, que incluía a sogra de Juliana, Mariana, e sua irmã, havia ido a São João de Meriti para comemorar o Dia dos Pais. Naquele dia, após o almoço, a família se preparava para deixar a irmã e o cunhado em Vilar dos Teles, onde iriam continuar a viagem para Jacarepaguá.
Por volta das 15h, enquanto o carro parou para que os passageiros descessem, Juliana notou a aproximação de uma moto e alertou seu esposo. No entanto, antes que pudessem reagir, o garupa da moto disparou contra a janela do motorista. Após o ataque, os dois suspeitos fugiram sem levar nada do veículo.
Impacto emocional e comunitário
O caso trouxe à tona a urgência de se discutir a segurança na região, que já enfrenta altos índices de violência. A história da sargento Juliana, além de ser uma tragédia pessoal, reflete a luta de muitas famílias que enfrentam a insegurança nas ruas das grandes cidades. O sentimento de impotência e revolta tem sido comum entre os moradores, que clamam por mais segurança e proteção.
A perda do bebê Pedro é uma dor imensurável para a família e provoca uma reflexão profunda sobre a segurança pública no Brasil, principalmente em áreas com histórico de violência como a Baixada Fluminense.
Reações e apoio
Desde o anúncio do ocorrido, diversas manifestações de solidariedade têm surgido, tanto em redes sociais quanto em grupos comunitários. Amigas e colegas de Juliana na Marinha, além de moradores da região, têm se mobilizado em apoio à família da sargento, desejando forças para que ela consiga superar esse momento tão difícil.
O incidente também chamou a atenção das autoridades locais, que prometem investigar a fundo o caso e reforçar a presença policial na área. Entidades de direitos humanos e grupos de apoio às vítimas de violência também estão acompanhando a situação, buscando garantir que a família tenha todo o suporte necessário.
A história de Juliana é um chamado à ação por mais segurança e justiça, não apenas para ela e sua família, mas para todos que são afetados pela violência nas ruas.
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