Nesta terça-feira (12), o dólar comercial encerrou o dia em queda de 1,06%, cotado a R$ 5,38, seu valor mais baixo desde junho de 2024. A redução vem após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil, que reforçam possibilidades de mudanças na política monetária.
Dólar e ações: dados de inflação enfraquecem a moeda e elevam o mercado
Segundo a B3, o Ibovespa subiu 1,69%, fechando aos 137.913,68 pontos, impulsionado por indicadores de inflação abaixo do esperado nos dois países. Os investidores demonstraram maior apetite por risco, migrando para ativos mais rentáveis.
Inflação no Brasil e nos EUA favorece o risco
O IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho avançou 0,26%, um pouco acima dos 0,24% de junho, embora ainda abaixo das projeções do mercado. A alta foi impulsionada principalmente pelo aumento na energia elétrica. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação recuou para 5,23%, comparado aos 5,35% do período anterior.
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) registrou alta de 0,2% em julho, em linha com as expectativas do mercado. Ao considerar os últimos 12 meses, a inflação estabilizou em 2,7%, resultado semelhante ao de junho. Esses dados reforçam a expectativa de que o Federal Reserve poderá reduzir a taxa de juros na sua próxima reunião, ajudando a fortalecer o mercado acionário global e contribuindo para a desvalorização do dólar.
Oscilações no mercado e impacto no índice DXY
Ao longo do dia, o Ibovespa variou entre 135.629,09 e 138.414,25 pontos, com um volume negociado de R$ 24,2 bilhões. O dólar refletiu o cenário internacional, acompanhando a queda frente às principais moedas globais, e o índice DXY fechou com redução de menos de 0,40%, aos 98,07 pontos.
Perspectivas futuras para o mercado de câmbio
Os atuais dados de inflação e o provável movimento de redução nas taxas de juros pelo Fed criam um cenário de maior otimismo para o mercado financeiro, enquanto a moeda norte-americana deve permanecer sob pressão no curto prazo. Analistas afirmam que a expectativa de cortes na taxa de juros pode manter a trajetória de enfraquecimento do dólar frente ao real e outras moedas emergentes.
Para maiores detalhes, acesse a matéria completa no site da IG Economia.