O Palácio do Planalto estuda a implementação de medidas de reciprocidade contra produtos norte-americanos, em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Essas ações, previstas na nova Lei de Reciprocidade, foram aprovadas pelo Congresso e regulamentadas dias após o anúncio das tarifas.
Medidas de reciprocidade e objetivos comerciais
Segundo fontes do governo, as ações pontuais visam equilibrar as relações comerciais com os Estados Unidos e proteger setores da economia brasileira afetados pelas tarifas. A medida pode impactar produtos importados dos EUA, especialmente aqueles considerados estratégicos para o mercado brasileiro.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Marcos Pereira, afirmou que “essas medidas ajudam a fortalecer a posição do Brasil em negociações internacionais e garantem uma resposta equilibrada às ações dos EUA”.
Contexto da Lei de Reciprocidade
A nova legislação, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, prevê que o governo brasileiro possa aplicar tarifações ou restrições semelhantes às que forem impostas ao país por outras nações. A regulamentação ocorreu poucos dias após o governo americano anunciar tarifas adicionais para alguns produtos brasileiros, como soja e aço.
De acordo com especialistas do setor, a Lei de Reciprocidade tem o objetivo de proteger a indústria nacional, mas também pode gerar retaliações que afetem as exportações brasileiras.
Impactos econômicos e próximos passos
Estimativas do Palácio do Planalto indicam que as medidas de reciprocidade podem gerar uma ajuda de aproximadamente R$ 30 bilhões às exportações brasileiras, impulsionando setores mais vulneráveis às tarifas externas.
O governo deve definir em breve os produtos específicos que serão alvo dessas ações de resposta, além de estabelecer prazos e limites para sua aplicação. O ministério de Comércio Exterior anunciou que buscará diálogo com as organizações empresariais para garantir que as medidas sejam observadas de forma estratégica e eficaz.
A iniciativa reflete a intenção do Brasil de manter uma postura firme nas negociações comerciais globais e de assegurar o equilíbrio na relação com os Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais do país.