Brasil, 12 de agosto de 2025
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Simplicidade pode ser o segredo para uma vida mais feliz

Estudo revela que viver simplesmente melhora o bem-estar através de conexões sociais, e não apenas pela redução de bens materiais.

OTAGO, Nova Zelândia — A busca por uma vida mais simples pode ser a chave para o bem-estar, de acordo com um novo estudo conduzido pela Universidade de Otago, que aponta que a felicidade está mais relacionada ao fortalecimento das comunidades do que à redução de bens materiais. Pesquisadores entrevistaram 1.643 neozelandeses e descobriram que comportamentos associados à “beneficência” — como compartilhar recursos e conhecimentos, e se envolver com a comunidade — mostraram a relação mais forte e direta com o bem-estar.

A relação entre simplicidade voluntária e bem-estar

O conceito de simplicidade voluntária envolve uma escolha consciente de consumir menos, priorizando relações, autodesenvolvimento e experiências em vez de posses. Embora possuir menos bens seja parte deste estilo de vida, o estudo apontou que isso contribui indiretamente para o bem-estar, enquanto o foco na comunidade e no compartilhamento é o elemento mais forte que leva à satisfação.

Os pesquisadores também destacaram que as promessas da cultura consumista de que a acumulação de bens leva à satisfação, e o movimento minimalista, que enfatiza apenas a desordem, podem não considerar a importância das conexões sociais no apoio à felicidade. Os resultados sugerem que, seja cultivando alimentos, comprando de produtores locais, ou compartilhando recursos, as relações sociais desempenham um papel fundamental na nossa felicidade.

Benefícios observados no bem-estar

A pesquisa revelou que aqueles que adotaram práticas de vida simples relataram uma maior satisfação em conquistas de vida e conexão comunitária, com pequenas melhorias marginais nas relações pessoais, saúde e padrões de vida. Os pesquisadores notaram que não houve nenhuma ligação significativa entre simplicidade voluntária e segurança ou segurança futura, indicando que o aspecto social era ainda mais crucial do que a simples redução de posses.

Como a pesquisa foi conduzida

A equipe de pesquisa analisou uma amostra representativa da população neozelandesa, com 51% de homens e 49% de mulheres, com uma idade média de 45 anos e renda familiar média de $50.000. Os participantes responderam a questões sobre seu envolvimento em comportamentos de simplicidade voluntária em seis áreas: simplicidade material, conservação de recursos, compras locais, produção alimentar autossuficiente, envolvimento comunitário, e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Benefícios para mulheres

Um aspecto surpreendente da pesquisa foi o papel do gênero. As mulheres que praticaram simplicidade voluntária experimentaram efeitos positivos mais fortes no bem-estar em comparação aos homens. Embora pesquisas anteriores já indicassem que mulheres tendem a adotar a vida simples mais do que os homens, este estudo foi o primeiro a investigar o gênero como moderador para o bem-estar eudaimônico.

Práticas para melhorar o bem-estar diário

Para aqueles interessados nos benefícios do bem-estar associados à simplicidade de vida, a pesquisa sugere que atividades como se envolver em hortas comunitárias, participar de grupos de troca de habilidades ou comprar de produtores locais podem ser mais vantajosas do que simplesmente focar na organização de posses. Essas atividades promovem naturalmente conexões sociais, que foram associadas ao aumento do bem-estar.

Os resultados do estudo indicam que o consumo colaborativo, que envolve compartilhar, emprestar e trocar recursos, pode apoiar tanto a conexão social quanto o bem-estar pessoal. Para formuladores de políticas e comunidades, iniciativas que tornem mais fácil para as pessoas compartilharem recursos podem ser particularmente valiosas para apoiar o bem-estar e a vida sustentável.

O estudo, que se concentrou em residentes da Nova Zelândia, mediu as relações entre comportamentos e o bem-estar, mas não estabeleceu causas diretas. Os autores também observaram que a simplicidade voluntária existe em um espectro, e há diferenças entre aqueles que escolhem esse estilo de vida e aqueles que vivem de forma simples por necessidade econômica.

Apesar das limitações, a pesquisa oferece novos insights sobre a cultura do consumo e o minimalismo, sugerindo que a felicidade através da simplicidade está mais relacionada a laços comunitários significativos do que simplesmente possuir menos bens.

Disclaimer: Este artigo é um resumo da pesquisa publicada no *Journal of Macromarketing*, destinado apenas para fins informativos e não substitui aconselhamento profissional. Os resultados foram baseados em uma amostra neozelandesa e podem não se aplicar a todas as populações.

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