Brasil, 13 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Preço do café moído cai pela primeira vez em 18 meses

A queda do preço do café foi de 1,01% em julho, interrompendo uma sequência de aumentos e trazendo alívio aos consumidores.

O preço do café moído sofreu uma significativa redução de 1,01% em julho, conforme apontado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação no Brasil. Essa diminuição marca o fim de um ciclo de 18 meses consecutivos de alta, trazendo um alívio momentâneo para os consumidores brasileiros, que sentiram no bolso o aumento do valor do café desde o início de 2024.

Histórico de preços do café moído

Desde janeiro, os amantes do café sofreram um acentuado aumento nos preços. A última queda registrada anteriormente foi em dezembro de 2023, com uma desvalorização modesta de 0,37%. Contudo, a nova redução em julho é um pequeno sinal de esperança, embora ainda haja um acumulado de 41,46% de alta no ano e 70,51% nos últimos 12 meses, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 12 de agosto.

Variação mensal do café

O histórico dos preços do café moído mostra uma trajetória marcada por aumentos expressivos nos últimos meses. Abaixo, os dados mensais de variação de preço desde dezembro de 2023:

  • Dezembro de 2023: -0,23%
  • Janeiro de 2024: 0,80%
  • Fevereiro de 2024: 0,21%
  • Março de 2024: 1,08%
  • Abril de 2024: 3,08%
  • Maio de 2024: 3,42%
  • Junho de 2024: 3,03%
  • Julho de 2024: 3,27%
  • Agosto de 2024: 3,70%
  • Setembro de 2024: 4,02%
  • Outubro de 2024: 4,01%
  • Novembro de 2024: 2,33%
  • Dezembro de 2024: 4,99%
  • Janeiro de 2025: 8,56%
  • Fevereiro de 2025: 10,77%
  • Março de 2025: 8,14%
  • Abril de 2025: 4,48%
  • Maio de 2025: 4,59%
  • Junho de 2025: 0,56%
  • Julho de 2025: -1,01%

O mês de fevereiro de 2025 trouxe o maior aumento registrado, com uma alta de 10,77%. Na ocasião, o IBGE alertou sobre problemas na safra, que impactaram diretamente nos preços. No entanto, a coleta mais robusta em junho e julho deste ano contribuiu para a desaceleração dos valores e, finalmente, para a queda.

A inflação em julho e seu impacto

Em um cenário mais amplo, a inflação de julho foi de 0,26%, ligeiramente acima do 0,24% observado em junho. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula um aumento de 5,23%, ainda superando o teto da meta estabelecida em 4,50%. Ao longo do ano, a inflação acumulada chegou a 3,26%.

Os principais fatores que influenciaram essa variação foram os altos preços da energia elétrica residencial, que subiram 3,04% devido à manutenção da bandeira tarifária vermelha. Essa bandeira implica uma taxa adicional de R$ 4,46 para cada 100 KWh consumidos, refletindo o peso da energia no orçamento das famílias brasileiras.

Nos primeiros sete meses de 2024, a energia elétrica residencial impressou uma elevação de 10,18%, representando a maior variação do tipo desde 2018, quando a alta foi de 13,78%. Essa dinâmica demonstra a complexidade financeira enfrentada pelas famílias, que, ao mesmo tempo em que lidam com os aumentos nos preços do café, também sentem o peso das tarifas elevadas de energia.

A variação nos preços do café é um reflexo das condições de mercado e dos desafios enfrentados pelas safras de grãos, mas a recente queda oferece um sopro de alívio em um ambiente econômico ainda desafiador. No entanto, resta saber se esta é uma tendência ou apenas uma pausa em um cenário de incertezas econômicas que ainda perpassam o cotidiano dos brasileiros.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes