Brasil, 12 de agosto de 2025
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Saltadores noruegueses são acusados de manipulação de equipamentos

Dois medalhistas olímpicos e membros da equipe da Noruega enfrentam sanções da FIS por adulteração de trajes no Campeonato Mundial Nórdico.

Na mais recente polêmica do mundo dos esportes de inverno, dois medalhistas de ouro olímpicos, Marius Lindvik e Johann André Forfang, além de três integrantes da equipe masculina de salto de esqui da Noruega, foram formalmente acusados pela Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS). As acusações referem-se a violações éticas relacionadas à manipulação de equipamentos durante o Campeonato Mundial Nórdico realizado em Trondheim, Noruega, em março deste ano.

A investigação revela manipulação de trajes

Segundo o jornal americano CBS News, a investigação realizada pela FIS conduziu 38 entrevistas e analisou 88 peças de evidência, resultando na conclusão de que os trajes de esqui dos atletas foram adulterados ilegalmente. A manipulação tinha como objetivo aumentar a resistência aerodinâmica, conferindo uma vantagem significativa nos saltos. O escândalo chocou o mundo do salto de esqui, tanto na Noruega quanto internacionalmente, e as possíveis punições incluem proibição de competição, multas e a desqualificação de resultados. Contudo, até o momento, ainda não há uma data definida para o julgamento dos acusados.

Medidas tomadas e defesa dos atletas

Marius Lindvik, de 27 anos, e Johann André Forfang, de 30, negaram qualquer envolvimento direto nas irregularidades. Em consequência das acusações, ambos foram suspensos pela FIS e desclassificados da prova de salto em grande colina do mundial, onde a equipe norueguesa conquistou a medalha de bronze. Além dos saltadores, a investigação atinge também a equipe técnica, incluindo os treinadores Magnus Brevik e Thomas Lobben e o gerente de equipamentos Adrian Livelten, que admitiram as alterações apenas antes da competição da grande colina.

“Lamentamos profundamente que isso tenha acontecido”, disse Brevik em meio às revelações. De acordo com Jan-Erik Aalbu, gerente geral da FIS, os trajes foram modificados com reforços em fios, ampliando o tamanho dos macacões já aprovados e microchipados pela federação. O escândalo gerou protestos formais de outras equipes, incluindo as da Áustria, Eslovênia e Polônia.

Confirmação da irregularidade e consequências

A manipulação nos trajes só foi confirmada após a desmontagem das costuras na região da virilha do vestuário norueguês. A FIS também avaliou se a conspiração se estendia a outros membros da equipe ou mesmo a outros países, mas assegurou que, por enquanto, apenas os cinco acusados serão formalmente punidos.

Próximos passos e novas regras

O julgamento do caso caberá a um painel de ética da FIS, que deverá emitir veredictos em até 30 dias após a conclusão das audiências. Enquanto isso, a entidade já implementou regras mais rigorosas para os trajes de salto, resultando em uma série de desclassificações na primeira competição da nova temporada. A FIS esclareceu que essas desclassificações foram decorrentes de problemas técnicos, e não de má intenção por parte dos atletas.

A situação atual levanta preocupações sobre a integridade do esporte e a ética envolvida no salto de esqui. Com a crescente popularidade do esporte, é fundamental garantir que os valores da competição justa e da excelência atlética sejam mantidos. O resultado deste caso poderá influenciar diretamente não apenas a carreira dos atletas envolvidos, mas também as futuras diretrizes da FIS.

A expectativa do público e das comunidades esportivas em geral é alta, e muitos aguardam ansiosamente por desdobramentos que podem impactar o cenário do salto de esqui nos próximos anos.

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