A Microsoft anunciou que, em breve, apagará as senhas do Authenticator, adotando a tecnologia passkey para fortalecer a segurança dos usuários, conforme guia oficial (leia mais). Essa mudança faz parte de um movimento global das grandes empresas de tecnologia, que buscam soluções mais seguras e eficientes.
A ascensão das chaves de acesso e o fim das senhas tradicionais
Na avaliação de especialistas, como Benoît Grünemwald, da Eset, “as senhas costumam ser fracas, reutilizadas e vulneráveis a ataques”. Segundo ele, hackers podem decifrá-las em minutos, especialmente aquelas com menos de oito caracteres (leia também). Além disso, os vazamentos de dados têm sido frequentes, como o recente banco com 16 bilhões de nomes de usuário e senhas pirateadas — uma prova da fragilidade do sistema atual.
Para aumentar a segurança, a Fast Identity Online Alliance (FIDO), que reúne empresas como Google, Apple, Microsoft, Amazon e TikTok, promove a adoção de conexões sem senha, com o uso de “chaves de acesso”, dispositivos externos que autorizam logins por biometria ou PIN (leia mais). Essas chaves reduzem o risco de acidental compartilhamento de senhas com sites maliciosos, como explica Troy Hunt, criador do site Haveibeenpwned.
Desafios e resistência à transição
Apesar das vantagens, a mudança não é fácil para todos. Muitos sites continuam permitindo senhas simples, e a instalação do sistema de chaves de acesso exige alguns ajustes por parte dos usuários. Além disso, esquecer a senha ou perder o dispositivo confiável complica o processo de recuperação (saiba mais).
Hunt reforça que as senhas continuam populares porque “todos sabem como usá-las”, apesar dos riscos. Assim, enquanto as tecnologias de conexão biométrica e chaves de acesso ganham espaço, as senhas ainda têm seu papel no cotidiano digital.
O deslocamento completo das senhas para métodos mais seguros deve levar anos, mas a tendência é clara: a era das senhas tradicionais está chegando ao fim.
Para entender melhor os riscos e as alternativas às senhas, confira o artigo completo no Site Globo Economia.
