No Piauí, um caso recente de envenenamento em série continua a atrair atenção da mídia e da sociedade. O incidente, que resultou em várias mortes, levou à decisão da Justiça de avaliar a sanidade mental de um dos acusados, Francisco de Assis Pereira da Costa. A investigação está em andamento e, nesta terça-feira (12), uma adolescente de 17 anos, familiar das vítimas, prestou depoimento no Instituto de Medicina Legal (IML) em Teresina.
Os detalhes da audiência
O delegado Abimael Silva, responsável pela investigação, informou que a adolescente não é a única a ser ouvida. Outros familiares de Francisco também prestarão depoimentos. O principal objetivo desse processo é reunir informações que possam indicar se o réu apresenta sinais de insanidade mental.
A adolescente, que chegou a ingerir arroz envenenado, foi internada em um hospital no dia 1º de janeiro, mas recebeu alta no mesmo dia. Além disso, a audiência de instrução e julgamento do caso, inicialmente agendada para 30 de julho, foi adiada para 5 de setembro de 2025. O adiamento ocorreu após a Justiça acolher um pedido da Defensoria Pública do Piauí para realizar um exame de sanidade mental no réu.
O contexto do crime
Os acusados, Francisco e sua parceira, Maria dos Aflitos da Silva, enfrentam crimes graves, incluindo oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio. O casal é suspeito de envenenar nove pessoas da própria família, resultando na morte de oito delas entre agosto de 2024 e janeiro de 2025.
O caso é particularmente trágico, e a lista de vítimas inclui crianças e membros da própria família dos réus. A Procuradoria do Piauí (MPPI) delineou o caso como especialmente chocante, não apenas pela natureza dos crimes, mas também pela traição e pela possibilidade de conflitos dentro da dinâmica familiar.
A natureza dos venenos utilizados
De acordo com os relatos iniciais, o veneno utilizado era uma substância tóxica semelhante ao chumbinho, e os envenenamentos teriam sido realizados através de alimentos e bebidas consumidos pelos membros da família. O uso de venenos em um contexto familiar resultou em um clamor público por justiça e respostas sobre o que pode ter levado a tal ato de violência.
Uma investigação complexa
O promotor de Justiça Silas Sereno Lopes declarou que a instrução e julgamento da dupla não poderão ocorrer até que os resultados do exame de sanidade mental sejam apresentados. Assim, o processo judicial permanece em suspensão. A importância dessa etapa é crucial, pois a audiência de instrução é o momento em que a Justiça coleta provas e testemunhos que ajudarão a decidir o futuro dos réus.
Quem são as vítimas?
A lista de vítimas é extensa e trágica, incluindo:
- Manoel Leandro da Silva, 18 anos – morto;
- Francisca Maria da Silva, 32 anos – morta;
- Ulisses Gabriel da Silva, 8 anos – morto;
- João Miguel da Silva, 7 anos – morto;
- Maria Gabriela da Silva, 4 anos – morta;
- Lauane da Silva, 3 anos – morta;
- Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses – morto;
- Maria Jocilene da Silva, 32 anos – recebeu alta, mas morreu 20 dias depois;
- Uma adolescente de 17 anos – recebeu alta;
- Um menino de 11 anos – recebeu alta.
Este caso chama a atenção não apenas pelas suas dimensões trágicas, mas também pelo impacto que está causando na sociedade piauiense. Em meio ao processo judicial, o sofrimento das famílias e a busca por justiça permanecem como as questões mais urgentes e de maior relevância.
O futuro do processo judicial
À medida que o caso continua a se desenrolar, a sociedade espera respostas. O exame de sanidade mental e os próximos depoimentos podem moldar o destino de Francisco e Maria, levantando questões éticas e morais sobre a justiça em casos de crimes familiares. O que levou a essa tragédia? Como será o desfecho desses relatos? Somente o tempo dirá enquanto o sistema judicial trabalha para trazer um fechamento a este horrendo capítulo na história do Piauí.
Acompanhe para mais atualizações sobre o caso, à medida que a verdade se torna mais clara e a justiça busca servir a todos os afetados por esse crime terrível.