Brasil, 13 de agosto de 2025
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Governo adia anúncio do plano de contingência contra tarifa de 50% nos EUA

Medidas de apoio às empresas brasileiras afetadas pelas tarifas norte-americanas devem ser divulgadas até quarta-feira (13), afirma Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou nesta terça-feira (12) que o governo pretende divulgar até quarta-feira (13) as ações do plano de contingência para mitigar os impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Integrantes do governo participaram ontem de uma reunião para definir os detalhes, mas ainda aguardam a decisão final do presidente Lula.

Reuniões e expectativas sobre o anúncio do plano de contingência

Durante entrevista, Rui Costa explicou que a equipe econômica trabalhou até tarde na segunda-feira (11) e que uma nova reunião será realizada nesta manhã para avaliar as medidas. “Hoje ou amanhã, após a decisão do presidente, essas ações serão anunciadas”, afirmou o ministro. Ele destacou que o anúncio foi adiado devido à necessidade de ajustar detalhes específicos, especialmente em relação às empresas mais impactadas.

Simone Tebet, ministra do Planejamento, também confirmou a complexidade do processo. Em reunião na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado, ela ressaltou que ainda há pontos a serem resolvidos. “Estamos diante de uma negociação, com interesses antagônicos e em comum, o que exige paciência e diplomacia”, disse Tebet.

Medidas do plano de contingência

Segundo informações apuradas pelo g1, o pacote deve incluir linhas de crédito para empresas afetadas pelos EUA, com foco em investimentos e capital de giro; adiamento de tributos e contribuições federais por até dois meses, similares às ações adotadas durante a pandemia de Covid-19; e compras públicas de alimentos perecíveis, como peixes, frutas e mel, que enfrentam acumulação de estoques desde o anúncio das tarifas pelo governo americano.

Impacto da tarifa de 50% e esforços de negociações

Desde 1º de agosto, entrou em vigor uma sobretaxa de 50% na entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos, sob determinação do ex-presidente Donald Trump, que atualmente enfrenta resistência às negociações por parte do governo brasileiro. Auxiliares de Lula acreditam que Trump não demonstra disposição para discutir o tema enquanto há processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, relacionados à tentativa de golpe.

Busca por novos mercados e apoio às exportações

Para compensar os prejuízos, o governo vem articulando linhas de crédito e explorando possibilidades de ampliar as exportações para países como Índia e China. Rui Costa afirmou que tem conversado com embaixadores desses países para avaliar potenciais compras de produtos brasileiros atualmente vendidos aos EUA. “Estamos trabalhando para abrir novos mercados e apoiar com financiamentos os setores exportadores”, destacou o ministro, que falou à Rádio Alvorada FM da Bahia.

Embora as tratativas com os Estados Unidos estejam emperradas, o governo segue empenhado em minimizar os efeitos da tarifa e manter a estabilidade das exportações brasileiras em meio a esse cenário de conflito comercial.

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