Brasil, 13 de agosto de 2025
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Celine Song desmente críticas com determinação e contundência

Nesta semana, a cineasta Celine Song ganhou destaque por sua postura firme ao responder a comentários e interpretações deturpadas de seu segundo filme, “The Materialists”. A diretora demonstrou desprezo por abordagens que reduzem sua obra a uma propaganda de “homens quebrados”, enfatizando a importância de discutir questões de classe e feminismo com mais profundidade.

Rejeição às opiniões simplistas sobre a obra

Durante entrevista concedida ao Refinery29, Celine foi questionada sobre uma crítica viral no Letterboxd, que a acusava de promover “homens quebrados” em seu filme. Ela respondeu de forma direta: “Não acho graça nisso, porque realmente me decepciona”.

“Existe uma confusão muito grande sobre feminismo e sua história. O feminismo, especialmente através da interseccionalidade, sempre foi contra o capitalismo e a classe social, lutando contra a opressão de quem é pobre”, afirmou a cineasta, reforçando sua preocupação com a forma como o tema é tratado pelo público.

Contexto social e política na narrativa

Celine destacou que seu filme aborda a resistência ao capitalismo e a colonização emocional promovida por esse sistema. Para ela, ao rotular os personagens de forma cruel — como “broke boy” ou “homem quebrado” — há uma manifestação de classismo, que reforça a ideia de que a pobreza é uma culpa individual, e não uma questão estrutural.

Respeito pelos personagens e impacto social

“O John, interpretado por Chris Evans, é um personagem lindo, que ama Lucy, e é retratado de forma sensível. Criticá-lo de maneira cruel pela sua condição financeira é uma demonstração de como o ódio à pobreza ainda persiste”, comentou a diretora.

“Tudo o que o filme propõe é resistir à colonização do amor e das emoções pelo capitalismo”, concluiu, frisando a relevância de seu trabalho nesse debate social.

Repercussão e reflexão sobre o jornalismo atual

O trecho da entrevista viralizou na plataforma X (antigo Twitter), gerando elogios à postura de Celine em enfrentar críticas superficiais e desviar de questões que perpetuam estereótipos de classe. A cena evidencia uma crescente insatisfação com o formato da cultura de entrevistas atualmente, que muitas vezes prioriza provocações vazias em vez de debates profundos.

Por trás da atitude de Celine, surge um convite à reflexão sobre a responsabilidade dos jornalistas de promover diálogos mais instigantes e relevantes, sobretudo em temas tão sensíveis quanto a representação social e o feminismo na arte.

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