O trágico caso da jovem Karina Cristina Queiroz, de 22 anos, encontrada morta em sua residência após um encontro marcado por um aplicativo de namoro, comoveu Ribeirão Preto (SP) e levanta questões sobre a segurança das relações estabelecidas online. O suspeito do crime, o radialista Rodrigo César Mucci, de 48 anos, foi preso e confessou o crime, mas detalhes sobre o ocorrido ainda estão sendo investigados.
O crime e a versão do suspeito
De acordo com o delegado Targino Osório, Mucci, conhecido como Rodrigo Totti, foi detido na última segunda-feira (11) e relatou à polícia que a situação teria escalado após uma discussão sobre o pagamento pelo encontro. Segundo o relato dele, Karina teria ameaçado contar à sua esposa sobre o encontro, o que teria provocado sua reação fatal.
A sister de Karina, Júlia Queiroz, não acredita na versão do suspeito. Em declarações à imprensa, ela questionou como um programa poderia durar apenas 28 minutos, desafiando a plausibilidade do que foi afirmado por Mucci. “Ele vai contar a versão que vai favorecer ele”, afirmou Júlia, reclamando da incoerência da narrativa do radialista.
A investigação e as próximas etapas
A polícia inicialmente registrou o caso como latrocínio — roubo seguido de morte —, mas a natureza do crime deve ser alterada para feminicídio, uma vez que as evidências apontam que a motivação está ligada ao gênero. A Secretaria de Segurança Pública informou que a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto está conduzindo a investigação e realizando as diligências necessárias para finalizar o inquérito.
Karina foi encontrada sem vida por sua amiga, que percebeu a ausência de contato e decidiu voltar para a casa, onde encontrou a amiga morta em seu quarto, com ferimentos no rosto compatíveis com disparos de armas de fogo. Fragmentos de munição foram coletados pela perícia no local do crime.
Provas e indícios na cena do crime
As investigações incluem a análise de câmeras de segurança, que mostraram um carro com placas adulteradas nas proximidades do local onde Karina foi morta. Após identificar a placa original do veículo, a polícia conseguiu vincular o carro à esposa de Mucci, levando à sua localização e à sua prisão.
No momento da prisão, toda a arma utilizada no crime, bem como o carro e um simulacro, foram encontrados na residência do suspeito. Além disso, Mucci levou os policiais a um bueiro onde havia descartado o celular e as chaves de Karina.
Família busca justiça
Em meio a toda essa dor, a irmã de Karina expressou seus sentimentos de revolta e saudade. Júlia, que esteve na delegacia acompanhando o andamento do caso, deseja que justiça seja feita e que Mucci enfrente uma pena rigorosa por seu ato. “Ele deve pagar pelo crime que cometeu”, declarou ela. A família aguarda ansiosamente o desenrolar da investigação, esperançosa de que a justiça prevaleça.
Com a crescente preocupação sobre a segurança em encontros virtuais, este caso serve como um alerta para a sociedade, que deve se atentar aos riscos e cuidados ao estabelecer conexões online.
O caso continua sendo investigado pelas autoridades e o público aguarda mais atualizações sobre o andamento do processo judicial contra Rodrigo Totti. A expectativa é que o inquérito seja concluído em breve e que a tragédia que envolve a jovem Karina não seja esquecida.