Brasil, 12 de agosto de 2025
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Corregedoria da Câmara analisa suspensão de mandatos de deputados

Após motim na Câmara, pelo menos 14 deputados podem ter seus mandatos suspensos por até seis meses, segundo a Corregedoria.

No cenário político brasileiro, a Corregedoria da Câmara dos Deputados assumiu um papel central após a ocorrência de um motim por parte de alguns parlamentares. Ao menos 14 congressistas, incluindo nomes como Nikolas Ferreira e Sóstenes Cavalcante, poderão ter seus mandatos suspensos por até seis meses. A situação levanta questões sobre a disciplina parlamentar e a manutenção do decoro na esfera legislativa.

O papel da Corregedoria na análise dos mandatos

Desde que começou seu mandato, em 2022, o filho do senador Angelo Coronel (PSD-BA) ocupa a posição de gestor da Corregedoria da Câmara, parte fundamental do processo legislativo. O órgão tem a responsabilidade de analisar processos disciplinares, principalmente aqueles que envolvem quebra de decoro parlamentar. Essa função se torna ainda mais significativa em momentos de crise, como o atual, onde a ordem e o respeito entre os parlamentares são colocados à prova.

A Corregedoria possui um prazo de 48 horas para responder aos pedidos de suspensão dos mandatos. Se a decisão for favorável, a resposta é enviada à Mesa Diretora da Câmara, que deve encaminhar os casos para o Conselho de Ética. Este, por sua vez, terá três dias úteis para votar a solicitação. Se não houver recurso ao plenário, a decisão já é considerada confirmada.

Parlamentares implicados no motim

O motim que culminou na ação da Corregedoria envolveu diversos deputados, sendo que, entre eles, os seguintes devem ter seus mandatos analisados:

  1. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
  2. Nikolas Ferreira (PL-MG)
  3. Zucco (PL-RS)
  4. Allan Garces (PP-MA)
  5. Caroline de Toni (PL-SC)
  6. Marco Feliciano (PL-SP)
  7. Domingos Sávio (PL-MG)
  8. Marcel Van Hattem (NOVO-RS)
  9. Zé Trovão (PL-RS)
  10. Bia Kicis (PL-DF)
  11. Carlos Jordy (PL-RJ)
  12. Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  13. Marcos Pollon (PL-MS)
  14. Júlia Zanatta (PL-SC)

Dos citados, alguns parlamentares, como Marcel Van Hattem e Marcos Pollon, se destacam por suas ações mais graves durante o motim. Ambos sentaram nas cadeiras da Mesa Diretora, desafiando a autoridade do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tentava retomar os trabalhos legislativos. O deputado Zé Trovão também se envolveu em uma cena controversa, colocando a perna à frente do presidente da Câmara, impedindo sua aproximação.

Outros casos a serem avaliados

Além dos envolvidos diretamente no motim, o caso da deputada Camila Jara (PT-MS) também será analisado. Ela foi denunciada pelo PL por empurrar o colega Nikolas Ferreira no plenário. No entanto, Jara não consta na lista de deputados que podem ter seus mandatos suspensos, pois não obstruiu os trabalhos de forma sistemática.

Essa situação evidencia um cenário complicado dentro do Congresso, onde a necessidade de disciplina e respeito entre os parlamentares se torna cada vez mais crucial. O desdobrar dessa situação não apenas impacta os couros dos deputados envolvidos, mas também a imagem da Câmara dos Deputados e sua capacidade de legislar de forma eficaz.

Acompanhar o desenrolar das decisões da Corregedoria será fundamental para entender as futuras dinâmicas políticas no Brasil, à medida que o país busca encontrar soluções para sua governança.

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