Brasil, 11 de agosto de 2025
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Morte de Miguel Uribe gera repercussão e debate sobre violência política

A morte do senador colombiano Miguel Uribe ressoa no Brasil, trazendo à tona críticas à violência política na América Latina.

A morte do senador colombiano e pré-candidato à presidência, Miguel Uribe, repercutiu intensamente nesta segunda-feira entre parlamentares bolsonaristas. Uribe, que faleceu após dois meses no Centro de Terapia Intensiva devido a complicações de um ataque a tiros, era um dos principais nomes da oposição ao governo atual e estava entre os favoritos nas próximas eleições presidenciais. Com apenas 39 anos, sua morte é considerada uma triste página na história da política colombiana e latino-americana, refletindo os desafios enfrentados por políticos de oposição na região.

A repercussão entre os parlamentares brasileiros

Os deputados e senadores brasileiros de oposição ao governo Lula não hesitaram em criticar a “violência política na América Latina”, afirmando que a morte de Uribe é uma demonstração do que muitos políticos conservadores enfrentam atualmente. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou a situação, afirmando que “ser de direita nas Américas é um risco”, e fez um paralelo entre Uribe e outros políticos que também sofreram ataques, como Jair Bolsonaro e Donald Trump.

“(Jair) Bolsonaro, (Donald) Trump, (Fernando) Villavicencio e agora Miguel Uribe. Mais do que lamentável, trata-se do modus operandi político da esquerda quando eles são ameaçados de perder a eleição”, escreveu o deputado.

Conservadores brasileiros lamentam a morte de Uribe

O deputado federal Osmar Terra (MSB-RS) expressou sua preocupação ao afirmar nas redes sociais que “tentativas de assassinato têm sido frequentes contra candidatos conservadores à presidência em vários países das Américas”. Atraindo críticas contundentes, ele reforçou que “são atentados brutais, e acontecem só contra candidatos conservadores, opositores da esquerda e do narcotráfico”. Sua declaração se alinha à narrativa de que há uma perseguição sistemática a políticos conservadores na região.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também se manifestou sobre a morte de Uribe, lamentando o ocorrido e descrevendo-o como “covardemente baleado há dois meses”. O senador Sergio Moro (União-PR) complementou, dizendo que “a violência política na América Latina faz mais uma vítima” e desejou que a Colômbia consiga encontrar dias melhores diante de tanta tragédia.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) foi ainda mais assertiva: “A esquerda é capaz de tudo”, enfatizando sua crença na manipulação política. Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) insinuou que a situação poderia ser uma manobra de Lula e seus aliados, referindo-se ao que ele chamou de “jabuticaba” — uma expressão que sugere um fenômeno que só ocorre no Brasil. Para finalizar, a deputada Carol De Toni (PL-SC) declarou que Uribe “ousou defender sua pátria contra o comunismo e pagou com a própria vida por essa coragem”.

O trágico ataque a Miguel Uribe

Miguel Uribe sofreu um grave ataque a tiros durante um comício em um bairro popular de Bogotá, na Colômbia, em junho. Ele foi atingido na cabeça por um criminoso de apenas 15 anos, a situação desencadeou um intenso esforço das autoridades para identificar e prender os culpados. Além do atirador, as autoridades prenderam outros cinco suspeitos, incluindo Elder José Arteaga Hernández, conhecido como “El Costeño”, que é considerado o cérebro logístico do ataque.

Após o atentado, Uribe passou por várias cirurgias e esteve em processo de neuroreabilitação, mas infelizmente, sua condição piorou e ele faleceu na madrugada de segunda-feira, às 1h56 da manhã (3h56 de Brasília). Este trágico episódio traz à tona a questão da segurança de políticos na América Latina, uma região frequentemente marcada por violências políticas e atentados.

Um lamento histórico na Colômbia

A morte de Miguel Uribe não é apenas a perda de um político; é um lembrete doloroso das feridas abertas na Colômbia, um país que ainda luta contra os fantasmas da violência política das décadas de 1980 e 1990. Uribe era neto de um ex-presidente e filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín, uma linhagem que se entrelaça com a história turbulenta do país.

Com um filho pequeno e três enteadas adolescentes, Uribe deixa um legado de luta por um futuro melhor para a Colômbia. As reações à sua morte ecoam a necessidade de um debate mais amplo sobre a violência política, a segurança dos candidatos e a importância da democracia na América Latina.

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