Teresina, 23 de novembro de 2024
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Teresina registra recorde de internações por acidentes de trânsito e alerta para crise na saúde pública

A cidade de Teresina enfrenta uma crise preocupante em relação ao número de internações hospitalares por acidentes de trânsito, que atingiram níveis recordes. Um estudo recente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), em parceria com o Banco Mundial e a Universidade Federal de Goiás, revelou que a capital piauiense está entre as cidades brasileiras com as mais altas taxas de internação decorrentes de acidentes de trânsito.

Cenário alarmante

Segundo o presidente da FMS, Dr. Ítalo Costa, a cidade registra, em média, 24 internações diárias relacionadas a acidentes de trânsito, chegando a superar 30 casos em alguns dias. Comparativamente, cidades como Goiânia registram cerca de 11 a 12 internações por dia. A maior parte das vítimas são jovens entre 18 e 29 anos, predominantemente do sexo masculino, o que agrava o impacto socioeconômico dessas ocorrências.

Motocicletas como protagonistas dos acidentes

O estudo apontou que os acidentes envolvendo motocicletas são os principais responsáveis por esse aumento. A falta de uso de capacetes e equipamentos de proteção tem resultado em lesões graves, que demandam longos períodos de recuperação e altos custos médicos. Apenas 11% dos custos totais com essas internações são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que sobrecarrega financeiramente a Prefeitura de Teresina.

Esforços e medidas preventivas

Dr. Ítalo destacou o papel crucial do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que responde a 95% das ocorrências de trânsito na cidade, com um dos melhores tempos de resposta do Brasil. A informatização do sistema de atendimento tem permitido um monitoramento eficiente e em tempo real dos casos.

Para enfrentar a situação, a FMS planeja trabalhar em conjunto com outros órgãos na implementação de políticas preventivas, como campanhas de conscientização para o uso de equipamentos de segurança. O estudo também será utilizado como base para a criação de novas políticas públicas locais e nacionais, visando reduzir o impacto dos acidentes de trânsito.

Desafios futuros e saúde pública

Além da questão dos acidentes, Dr. Ítalo reforçou que a Fundação está preparada para a transição governamental, com o compromisso de garantir a continuidade dos serviços de saúde. Ele também destacou a necessidade urgente de aumentar a adesão à campanha de vacinação contra a dengue, ressaltando que menos da metade dos que tomaram a primeira dose completaram a imunização, o que é crucial para o controle da doença.

A publicação do estudo sobre os acidentes de trânsito deve servir como um alerta para a formulação de estratégias eficazes, com o objetivo de conter o avanço desse grave problema de saúde pública em Teresina

Estudo revela que acidentes de trânsito em Teresina geram déficit no Hospital de Urgência

Nesta segunda-feira (11), foi apresentado à direção da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina os resultados preliminares de um estudo científico realizado em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Banco Mundial. O levantamento revela um cenário preocupante: os custos relacionados aos acidentes de trânsito na capital estão gerando um grande déficit financeiro no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Segundo Ítalo Costa, presidente da FMS, o estudo confirma que o HUT enfrenta sérias dificuldades para cobrir os gastos com pacientes internados por acidentes de trânsito. “Os custos desses pacientes são cobertos em apenas 11% pelos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da autorização de internação hospitalar. Isso significa que os outros 89% dos custos são arcados exclusivamente pela Prefeitura de Teresina”, explicou Costa.

Impacto financeiro e de saúde pública

O estudo, conduzido pelos pesquisadores Otaliba Libânio Neto, Polyana Mandacarú e Menandes Souza Neto, aponta que o custo da internação de pacientes com lesões por acidentes de trânsito é uma questão de extrema relevância, tanto para a saúde pública quanto para as finanças da cidade. O número de acidentes e lesões tem aumentado, sobrecarregando o sistema de saúde.

Segundo os dados da pesquisa, em 2022, foram registradas mais de 40 mil mortes no Brasil em decorrência de acidentes de trânsito. A maioria das vítimas (83%) são homens na faixa etária de 18 a 29 anos, o que agrava o impacto social e econômico dessas tragédias. Em Teresina, o problema é ainda mais acentuado pelo grande número de motociclistas envolvidos em acidentes.

“A carga de lesões por acidentes de trânsito em Teresina é muito alta, principalmente entre motociclistas, o que gera altos custos para o HUT. É essencial que se intensifiquem as campanhas de conscientização sobre o uso de capacetes e medidas de segurança no trânsito para reduzir tanto o número de acidentes quanto os custos associados”, destacou Polyana Mandacarú, pesquisadora da UFG.

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