O mercado financeiro revisou para baixo as expectativas de inflação para 2025, indicando um IPCA de 5,05%, conforme divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central no Boletim Focus. A projeção representa uma redução de 0,02 ponto percentual em relação à semana anterior.
Perspectivas de inflação para os próximos anos
Para 2026, as expectativas permanecem estáveis há quatro semanas, com previsão de IPCA de 4,41%, enquanto para 2027, a projeção indica uma inflação de 4%. Apesar de melhorias nas estimativas, a inflação prevista para 2025 ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%.
Segundo o CMN, a meta de inflação é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o que estabelece limites inferiores e superiores de 1,5% e 4,5%, respectivamente. O índice de inflação acumulado em 12 meses, no entanto, atingiu 5,35%, permanecendo pelo sexto mês consecutivo acima do teto da meta.
Este período de seis meses acima do limite configura o estouro da meta conforme o novo regime adotado em 2024, obrigando o Banco Central a divulgar uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando as causas do descumprimento, as ações previstas para o retorno da inflação aos limites e o prazo estimado para a estabilização.
Taxa básica de juros e política monetária
Para atingir a meta de inflação, o principal instrumento do Banco Central é a taxa básica de juros, a Selic, fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Uma das preocupações do Copom envolve a política comercial dos Estados Unidos, o que pode levar a autoridade monetária a retomar o aumento da Selic, se necessário.
As projeções dos analistas consultados permanecem estáveis pela sétima semana consecutiva, mantendo a Selic em 15% ao final de 2025. Para 2026, as expectativas continuam em 12,50% e, para 2027, em 10,50%.
PIB e cotação do dólar
O mercado financeiro revisou para baixo suas expectativas de crescimento da economia brasileira, projetando um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,21% para o final de 2025, um leve recuo em relação à estimativa de 2,23% feita há uma semana.
As projeções para os anos seguintes são de 1,87% para 2026 e 1,93% para 2027. Quanto à cotação do dólar, as previsões para 2026 permanecem em R$ 5,60, mesma estimativa de há uma semana, enquanto as projeções para 2027 são de R$ 5,70.
Projeções estáveis e perspectivas futuras
Apesar das boas expectativas de desaceleração inflacionária, o cenário econômico ainda apresenta desafios, sobretudo no controle da inflação acima do teto da meta por mais de meio ano. As projeções indicam uma evolução moderada do PIB e uma estabilidade na cotação do dólar, refletindo a contínua incerteza global e nacional.
O Banco Central deve permanecer atento à conjuntura internacional, especialmente às políticas econômicas dos Estados Unidos, para ajustar suas estratégias de política monetária, visando manter a inflação sob controle e garantir estabilidade econômica.
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