Brasil, 8 de agosto de 2025
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Braskem negocia venda de operações nos EUA em meio a movimento de controle

Petroquímica planeja vender unidades no Texas, Pensilvânia e West Virginia por cerca de US$ 1 bilhão, enquanto busca maior controle acionário

A sexta maior petroquímica do mundo, Braskem, está em negociações para vender suas operações nos Estados Unidos. Segundo o colunista Lauro Jardim, a companhia está tratando a venda das unidades industriais de polipropileno localizadas no Texas, Pensilvânia e West Virginia, em uma transação avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão. Apesar do movimento, a empresa afirma que as plantas nos EUA continuam estratégicas para seus planos globais.

Negociações em andamento e importância estratégica

De acordo com uma fonte envolvida no processo, as conversas ainda não estão concluídas e permanecem em estágio inicial. A Braskem declarou oficialmente que as operações nos EUA são parte essencial de sua estratégia de crescimento internacional. “A manutenção das plantas nos EUA é fundamental para a realização dessa estratégia”, afirmou a companhia em nota oficial.

Controle e movimentações no mercado

A negociação está sendo liderada pela Novonor (antiga Odebrecht), que detém 50,1% do capital votante da Braskem. Além das unidades nos Estados Unidos, a empresa possui operações no México, na Alemanha, além de escritórios na Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Holanda e Singapura.

Contexto do movimento e interesses na compra

Nos últimos três semanas, a Petroquímica Verde Fundo de Investimento em Participações, ligado ao empresário Nelson Tanure, e a própria Braskem solicitaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorização para uma potencial transação envolvendo ações da Novonor. A Petrobras, que possui cerca de 47% do capital votante da Braskem, também manifestou interesse em participar dessas negociações. Em entrevista ao GLOBO, Magda Chambriard, presidente da Petrobras, afirmou que a estatal deseja maior influência na gestão da petroquímica.

Ela destacou que a Petrobras não concorda com uma completa independência da Braskem, argumentando que muita autonomia pode prejudicar sinergias entre as empresas. “Queremos exercer mais poder na Braskem para fortalecer nossa atuação e maximizar as oportunidades de integração”, explicou Magda.

Estratégia de fundo e controle acionário

Fontes familiarizadas com o tema sinalizam que uma das alternativas em discussão envolve a criação de um fundo de private equity, que reuniria as ações da Braskem atualmente sob controle da Novonor, as quais estão dadas como garantia a bancos credores, incluindo Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e BNDES. Nessa possibilidade, o fundo adquiriria a maior parte dessas ações através de uma renegociação de créditos, possibilitando que um novo investidor controle a maior parte das ações da companhia, potencialmente incluindo uma capitalização da própria Braskem.

Impactos e próximos passos

Segundo analistas, essa movimentação faz parte de um esforço maior para reestruturar o controle societário da Braskem, buscando maior alinhamento entre os interesses do controle acionista e as estratégias globais da petroquímica. O desenvolvimento dessas negociações ainda está em fase inicial, com as partes aguardando as aprovações regulatórias e o entendimento final do Cade.

Mais informações sobre o andamento dessas operações podem ser acompanhadas na matéria do O Globo.

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