Na manhã desta quinta-feira (7), um motorista atropelou cinco ciclistas durante um treino matinal no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. De acordo com informações da 5ª DP (Mem de Sá), ele não possuía carteira de habilitação e tentou fugir do local após o acidente. As autoridades informaram que o condutor irá responder por lesão corporal culposa, agravada pela falta de CNH.
O acidente e suas consequências
Segundo testemunhas, o teste de alcoolemia feito no motorista deu negativo, indicando que ele não havia consumido bebidas alcoólicas. A ex-triatleta, Márcia Ferreira, foi uma das ciclistas feridas no atropelamento. Em entrevista ao g1, ela relatou os momentos de tensão e a velocidade do veículo.
“Eu só escutei o barulho de pneu cantando. Fui para o acostamento e nisso, só senti a pancada. Caímos e o rapaz fugiu. A sorte é que não batemos a cabeça”, disse Márcia Ferreira, que se destacou na modalidade esportiva nos anos 1990.
O atropelamento ocorreu por volta das 4h, quando Márcia e seus amigos pedalavam em uma área destinada à prática de ciclismo, o Circuito Pedro Nikolay, que acontece regularmente às terças e quintas-feiras. Bombeiros foram acionados e três ciclistas receberam atendimento médico; os outros dois afetados não necessitaram de cuidados adicionais.
Infelizmente, Márcia sofreu uma fratura no rádio e uma sutura no quadril, o que exigirá cirurgia. Os outros ciclistas que estavam presentes no momento do acidente receberam alta após os atendimentos médicos. O atropelamento acentuou a preocupação com a segurança no trânsito, especialmente para os ciclistas que utilizam a via.
Importância da segurança no trânsito
A CET-Rio, responsável pela fiscalização de trânsito na cidade, reforçou a importância do respeito às normas de trânsito e a convivência segura entre todos os modais de transporte. A Área de Proteção ao Ciclismo de Competição (APCC) foi criada para garantir um ambiente controlado e seguro para a prática do ciclismo, que tem crescido em popularidade nos últimos anos.
“A APCC é uma iniciativa que visa garantir a integridade dos atletas e a fluidez viária, com bloqueios viários específicos e horários determinados”, ressaltou a nota da CET-Rio. Este evento é um lembrete de que a segurança deve ser prioridade tanto para motoristas quanto para ciclistas.
Uma trajetória marcada por desafios
A história de Márcia Ferreira não é apenas de superação pessoal no esporte, mas também de desafios enfrentados. Em 1997, ela foi vítima de outro atropelamento que a afastou das competições por anos. Naquela ocasião, Márcia passou por uma cirurgia que durou mais de 10 horas para reconstruir sua perna, um momento que transformou sua vida profissional e pessoal.
Após o acidente de 1997, ela se tornou treinadora e fundou a MFTeam, uma assessoria esportiva especializada em triathlon. Formada em Educação Física pela Escola de Educação Física do Exército (ESEFEX), Márcia tem se dedicado a ensinar novos atletas e contribuir para o crescimento do esporte no Brasil.
Com o recente acidente, Márcia enfrenta mais um desafio em sua vida. Contudo, ela mantém a esperança e a determinação de que sua trajetória como atleta e treinadora serve de inspiração para outros. “Infelizmente, esses incidentes acontecem e devemos nos unir para garantir um trânsito mais seguro para todos”, concluiu.
O atropelamento no Aterro do Flamengo traz à tona questões cruciais sobre segurança no trânsito e a convivência pacífica entre ciclistas e motoristas nas vias urbanas. Espera-se que incidentes como este não se repitam e que a sociedade se una em prol de um trânsito mais seguro.
